ECONOMIA: Inflação recua e BC acredita que queda deve continuar até o fim do ano

Especialista em Economia acredita que a inflação vai fechar 2015 acima do teto de 6,5% 

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REPÓRTER: A inflação oficial recuou após subir 14 semanas seguidas no país. A estimativa foi divulgada pelo Banco Central, nesta segunda-feira. De acordo com o relatório Focus, do Banco Central, a queda na inflação, medida nos últimos sete dias, foi de cerca de zero vírgula um ponto percentual. O relatório do Banco Central atribuiu a forte alta na inflação, durante os três primeiros meses do ano, ao aumento das tarifas administráveis como energia elétrica e combustíveis. Outro fator que contribuiu para a disparada dos preços no país foi a alta do Dólar no mercado internacional, como explica o especialista em Economia, Roberto Piscitelli.  
 
SONORA: especialista em Economia, Roberto Piscitelli
 
“Houve uma súbita, relevante desvalorização do Real, cercada de boatos de que, os Estados Unidos mudariam sua política monetária, aumentando a sua taxa de juros. Esse foi um dos fatores preponderantes e a gente cita, entre outros, os aumentos em energia elétrica, em combustíveis, água e esgoto, telefonia. Então, houve uma concentração muito grande de situações que pressionaram os preços.”
 
REPÓRTER: O Banco Central estima que, até o fim do ano, a inflação mensal seja menor do que a registrada nos três primeiros meses. Mas, o especialista em Economia, Roberto Piscitelli, alerta que, mesmo assim, o país deve ter em 2015, inflação acima do teto de seis e meio por cento.  
 
SONORA: especialista em Economia, Roberto Piscitelli
 
“As taxas de inflação daqui para frente deverão sofrer desaceleração. Isso não significa dizer, que a gente deva ter expectativa de que a taxa de inflação anualizada fique abaixo do teto da meta de seis e meio por cento. Ela deve ficar acima de seis e meio, mas em patamares bem inferiores aqueles a que ela se encontra no momento”.
 
REPÓRTER: Em Março, a inflação oficial ficou em um vírgula 32 por cento, zero vírgula 10 por cento maior, do que a registrada em fevereiro. Para o ano, os economistas previam inflação de oito vírgula dois por cento, mas a projeção caiu para oito vírgula 13 por cento.

Reportagem, Cristiano Carlos

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