Data de publicação: 17 de Maio de 2016, 12:58h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
REPÓRTER: O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, indicou nesta terça-feira (17) o economista Ilan Goldfajn para presidir o Banco Central, o BC. Para ser nomeado, o Senado precisar aprovar a indicação. Sócio e economista-chefe do Itaú Unibanco, Goldfajn já comandou o BC nos governos dos presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso.
Para o economista José Luiz Pagnussat, o novo titular tende a ter uma atuação cautelosa. Pagnussat, que já presidiu Conselho Federal de Economia, Cofecon, afirma que foi uma boa escolha.
SONORA: José Luiz Pagnussat, economista e ex-presidente do Conselho Federal de Economia
“Ele é um economista que já vem sinalizando a necessidade de redução gradativa da taxa de juros, o que mostra que ele vai ter uma política relativamente moderada à frente do Banco Central. Mas, como é esperado, tende a ser um pouco moderado, mais cauteloso, já que é isso que ele vem sinalizando. Mas é uma boa escolha”.
REPÓRTER: De acordo com José Luiz Pagnussat, o perfil de Ilan Goldfain não indica mudanças drásticas no mercado financeiro. Por outro lado, o economista acredita que a nomeação de Henrique Meirelles para a Fazenda deve ter efeitos positivos no setor produtivo da economia brasileira, que pode até voltar a crescer.
SONORA: José Luiz Pagnussat, economista e ex-presidente do Conselho Federal de Economia
“Há, sim, uma mudança de expectativa no lado real da economia, em especial, do setor produtivo, em função à mudança do ministro. Porque o ministro tem maior sensibilidade, respeitabilidade, junto ao setor produtivo. Isso traz uma melhora na confiança do setor produtivo e até a possibilidade da retomada do investimento e a própria retomada do crescimento da economia”.
REPÓRTER: Na manhã desta terça-feira, Meirelles também indicou os nomes dos economistas Mansueto Almeida, para a Secretaria de Acompanhamento Econômico, e de Carlos Hamilton para a Secretaria de Política Econômica.
Reportagem, Bruna Goularte
