ECONOMIA: Gastos com a Previdência em Minas acendem alerta vermelho na Câmara dos Deputados

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Estancar a sangria dos cofres da União para evitar que o país repita o aperto fiscal que vive Minas Gerais. É o que movimenta o deputado mineiro e líder do PSD na Câmara, Marcos Montes, a defender uma urgente reforma da Previdência no Brasil. Os pagamentos das aposentadorias pelo governo federal beiram 50% dos R$ 1 trilhão e 240 milhões de todas as despesas públicas no país por ano. Enquanto isso, na Cidade Administrativa, sede do governo mineiro, a folha segue no vermelho.
 
O estado é o segundo pior colocado no ranking de crise fiscal, só perdendo para o Rio Grande do Sul. O levantamento foi divulgado no primeiro semestre pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, a Firjan. São 78% da receita comprometidos apenas com o pagamento da folha de servidores e uma dívida duas vezes maior do que entrou no caixa em 2016. Minas também é uma das unidades federativas em que os gastos com Previdência superam em dobro o que é investido em educação. A cada R$ 100 de custos educacionais, R$ 233 são destinados ao custeio de aposentadorias.
 
As contas mineiras encerraram o ano passado com um déficit de R$ 3,7 bilhões, lançados nos chamados restos a pagar. O deputado federal Marcos Montes cobra dos colegas de bancada a busca de um consenso para que o país não se atole com as dívidas previdenciárias como acontece no estado.
 
O meu estado Minas Gerais precisa, realmente, também, ter essa consciência dos parlamentares e nós votarmos de uma forma madura, de uma forma muito mais desvinculada das nossas questões eleitorais porque senão o Brasil vai chegar num ponto – e Minas, claro, está entre eles, é um estado que todos sabem que vive um momento difícil também –, chegará rapidamente a essa insolvência que ninguém de nós quer.”
 
As discussões da Reforma da Previdência seguem em busca de um entendimento. A matéria ainda esbarra na falta de uma base de governo coesa na Câmara dos Deputados. Para serem aprovadas, as mudanças precisam de um quórum qualificado em plenário de, no mínimo, 308 votos dos 513 parlamentares.
 
Reportagem, Hédio Júnior

 

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