ECONOMIA: Está mais difícil para os jovens encontrar emprego, diz Ipea

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REPÓRTE: Os jovens com idade entre 14 e 24 anos têm sido especialmente afetados pelo desemprego, que já atinge mais de 11 milhões de brasileiros em todas as regiões do país. Nessa faixa etária, está mais difícil encontrar um trabalho do que se manter empregado.
 
A análise é de um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. De acordo com o Ipea, o índice de desemprego entre os jovens foi de 26,36% no primeiro trimestre de 2016. No quarto trimestre do ano passado, a taxa era bem menor: 15,25%. O coordenador do Grupo de Conjuntura do Ipea, José Ronaldo, explica as causas desse aumento.
 
SONORA: José Ronaldo Castro, coordenador do Grupo de Conjuntura do Ipea
“Está havendo uma redução muito grande no número de contratações, porque sempre há demissões e contratações. As demissões não estão aumentando tanto quanto se imagina. Mas o número de contratações está muito pequeno, resultando em um saldo negativo no número de empregados”.
 
REPÓRTER: Segundo o economista do Ipea, as razões para a alta do desemprego entre os jovens são basicamente as mesmas que as do desemprego em geral. A crise que o país enfrenta é o principal fator para que o número de desempregados continue alto.
 
SONORA: José Ronaldo Castro, coordenador do Grupo de Conjuntura do Ipea
“O comercio também começou a mandar embora, a construção civil também começou a mandar embora. A construção civil e o comércio são áreas que contratavam muitos jovens com pouca experiência. Outros setores da economia também começaram a mandar embora. E estão mandando embora porque a demanda está baixa e a gente está vivendo uma crise”.
 
REPÓRTER: O salário da população também está menor. SegundoJosé Ronaldo Castro, do Ipea, isso acontece porque é grande o número de pessoas à procura de emprego, o que gera uma oferta muito alta no mercado de trabalho.
 
SONORA: José Ronaldo Castro, coordenador do Grupo de Conjuntura do Ipea
“O salário está perdendo para a inflação, quer dizer, está havendo perda real do salário. Justamente por esse cenário e por a gente ver muitas pessoas disponíveis para contratação”.
 
REPÓRTER: O estudo do Ipea analisa estatísticas sobre emprego e renda com base em microdados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged, e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua.
 

 

Reportagem, Bruna Goularte

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