De acordo com dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas, o Índice de Confiança da Construção avançou 1,5 ponto em agosto, passando para 76,1 pontos, na terceira alta consecutiva do indicador. O Índice de Expectativas do setor também cresceu 2,3 pontos no mês, enquanto o dado que mede o otimismo com os negócios variou 3 pontos. Quem dá mais detalhes sobre estes dados é coordenadora da Projetos de Construção da FGV, Ana Maria Castelo.
"O Índice de Confiança tem dois componentes: um que capta a percepção do empresário em relação ao momento atual, e o outro que capta as expectativas empresariais. Os dois componentes da confiança melhoraram, que é, sem dúvida, positivo. Mas, apesar desta melhora, ela ainda está muito baixa, mostrando que a atividade ainda está muito fraca, um avanço muito pequeno. As expectativas não, estas tem melhorado de uma forma realmente mais definitivas."
Este índice capta a confiança em vários segmentos da Construção, seja ele imobiliário, de infraestrutura, serviços, entre outros. Mas, de acordo com os dados divulgados, não há um setor específico puxando esta retomada e a cada mês, o aumento da confiança é motivado por um ou mais segmentos diferentes, como explica Ana Maria Castelo.
"Uma coisa que nos chama a atenção é que a gente não está vendo nenhum setor puxando esta retomada. Então hora você melhora a área de obras viárias, ora vem da parte de serviços, de instalações, então não tem um setor puxando. E isto é ruim, porque se a gente tivesse uma fonte definida de crescimento, a gente poderia estar observando alguma consistência nesta retomada."
O questionário básico da Sondagem da Construção é composto por 13 perguntas, direcionadas exclusivamente à atividade econômica da empresa. Abrangem temas como o nível atual de demanda, absorção de mão de obra, acesso ao crédito e situação geral dos negócios.
Reportagem, Cintia Moreira.
