ECONOMIA: Brasil pode registrar mais um ano no vermelho, alerta presidente do Cofecon

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REPÓRTER: Números divulgados pelo Banco Central mostram que a economia brasileira teve desempenho positivo em fevereiro, em comparação ao mês anterior. De acordo com o Banco Central, em fevereiro, a economia do país cresceu em um vírgula 31 por cento. Em janeiro, o país também registrou desempenho positivo de pouco mais de meio por cento. Mas, para o presidente do Conselho Federal de Economia, Júlio Miragaya, os dados do BC podem criar falsas expectativas acerca de uma possível retomada do crescimento do país. Ele lembra que os números do Banco Central, que são publicados durante o decorrer do ano, costumam ser diferentes dos dados divulgados pelo IBGE, responsável por acompanhar o PIB do país.     
 
SONORA: presidente do Cofecon, Júlio Miragaya
 
“O que a gente observa em momentos de crise é que os dados são contraditórios. Hoje não temos indicadores sólidos que nos permita dizer: a economia brasileira já está no rumo da retomada do crescimento. Os dados ainda são muito contraditórios. Até porque, a situação em que a gente está hoje, ela depende muito dos abalos do cenário político”.  
 
REPÓRTER: O Fundo Monetário Internacional, o FMI, manteve a expectativa de crescimento da economia brasileira em apenas zero ponto dois por cento, para este ano. Já o governo Federal espera que o país tenha crescimento positivo de até meio por cento. O presidente do Cofecon, Júlio Miragaya, alerta que uma nova queda do PIB brasileiro este ano ainda não está descartada. Ele ressalta que as expectativas divulgadas até agora indicam que a economia do país está parada e ainda não reagiu à crise.  
 
SONORA: presidente do Cofecon, Júlio Miragaya
 
“Normalmente qualquer governo tende fazer uma avaliação mais positiva e outros órgãos, como o FMI, como o Banco Mundial, faz uma avaliação olhando os fundamentos da economia. E, a minha posição é: a gente vai oscilar entre um crescimento muito pequeno, pode chegar a meio por cento que o governo esta esperando, mas também não está descartado até um novo decréscimo do PIB. Podemos ter uma queda de até meio por cento. Significa que a economia está estagnada”.   
 
REPÓRTER: Para o FMI, a economia brasileira pode crescer em quase dois por cento, em 2018. Para este ano, o fundo monetário prevê inflação de quase quatro e meio por cento e o desemprego com alta de 12 por cento.
 

 

Reportagem, Cristiano Carlos

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