Data de publicação: 02 de Dezembro de 2014, 22:00h, atualizado em 30 de Novembro de 2014, 22:00h
REPÓRTER: As dúvidas dos jovens e os tabus em relação à vacina contra o HPV fizeram com que os profissionais de saúde de Brasília dessem uma palestra para estudantes da Cidade Estrutural, uma das localidades mais carentes da capital do país. Segundo a gerente de Câncer da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Cristina Scandiuzzi, o trabalho nas escolas fez com que muitas meninas entre 11 e 13 anos fossem tomar a vacina.
SONORA: gerente de Câncer da Secretaria de Saúde do Distrito Federal Cristina Scandiuzzi
"Nós nos articulamos com a Secretaria de Educação do Distrito Federal e nessa articulação de professores e tudo, nós percebemos a necessidade de ir a campo diretamente. Nós já havíamos feito previamente, todo um trabalho de base com todos os professores. Havíamos ido, inclusive, em templos religiosos, porque há muito preconceito contra a vacina do HPV. Então, nós percebemos que seria de vital importância, para que a adesão da vacina fosse boa, que a gente acompanhasse de perto as dúvidas das pessoas envolvidas na vacinação. Foi uma experiência muito gratificante."
REPÓRTER: Para a coordenadora do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Carla Domingues, a iniciativa de Cristina Scandiuzzi em dar palestras para meninas sobre a vacina contra o HPV deve servir de exemplo para todos os municípios.
SONORA: coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde Carla Domingues
"O trabalho realizado pela Cristina no Distrito Federal é fundamental para que os pais, alunos e os professores entendam a importância da vacinação contra o HPV. Ela também fez um trabalho diferenciado, indo ao encontro das pessoas nos templos, nas igrejas, convencendo que a vacina ela é importante para a proteção do câncer do colo do útero e que ela não é uma vacina que vai estimular a atividade sexual. E tem a importância de trabalharmos no entendimento da população, que essa vacina só vai ter eficácia se nós garantirmos que as meninas de 11 a 13 anos que tomaram a primeira dose, recebam a segunda dose nesse período."
REPÓRTER: A coordenadora do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, Carla Domingues, lembra que as meninas entre 11 e 13 anos precisam tomar as três doses da vacina contra o HPV para garantir a proteção contra o câncer do colo do útero, o quarto tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil.
SONORA: coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde Carla Domingues
"Já foram aplicadas mais de quatro milhões de doses, com uma cobertura de 98%. Portanto, nós estamos necessitando que todas as meninas que tomaram a vacina, que completem o esquema vacinal. Elas devem tomar a segunda dose, garantindo assim a proteção. Pois com essa segunda dose, que a vacina será eficaz. É importante que as adolescentes identifiquem se a sua escola terá a vacinação e caso isso não aconteça, que ela procure o Posto de Saúde."
REPÓRTER: O câncer do colo do útero mata atualmente 14 mulheres por dia no Brasil. É o quarto tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil. As meninas que receberem as três doses da vacina contra o HPV podem fazer parte da primeira geração livre da doença. Para saber mais, acesse www.saude.gov.br
Reportagem, Diane Lourenço
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