REPÓRTER: O município de Cruzeiro do Sul, no Acre, está com baixo índice de vacinação contra o vírus HPV. Dados do ministério da Saúde apontam que, menos de 12 por cento das meninas entre 11 e 13 anos de idade foram imunizadas na campanha de vacinação. O baixo número não está de acordo com a meta do ministério, que é vacinar, no mínimo, 75 por cento das jovens do município. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o vírus HPV é a principal causa de câncer do colo do útero. De acordo com o órgão, vão ser descobertos mais 40 novos casos da doença só no estado do Acre. O epidemiologista do Ministerio da Saude, Jarbas Barbosa, explica que, a vacina contra o vírus HPV é importante. Ele destaca também o alto índice de mortes motivadas pelo câncer do colo do útero.
SONORA: Epidemiologista do Ministerio da Saude, Jarbas Barbosa.
“As famílias precisam lembrar que em 2014, assim como em 2015, apesar de todos os avanços que nós tivemos no Sistema Único de Saúde, na redução da mortalidade por câncer de colo de útero, 14 mulheres vão morrer por dia de câncer de colo de útero. 14 mulheres morrem a cada dia no nosso país por câncer de colo de útero. Essa geração que está sendo vacina contra o HPV, combinando a vacina contra o HPV, com o exame papanicolau, a partir dos 25 anos, pode ser a primeira geração livre de mortes por câncer de colo de útero”.
REPÓRTER: O diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis, do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch,explica sobre os possíveis efeitos colaterais da vacina contra o vírus HPV.
SONORA: secretário de Vigilância das Doenças Transmissíveis, do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.
"Qualquer vacina, por ser uma injeção, ela pode produzir efeito colateral. Qualquer injeção pode produzir algum tipo de reação inflamatória no local de aplicação. Pode ficar um pouco vermelho, pode ficar um pouco dolorido, no entanto, isso não representa qualquer gravidade. Assim como, qualquer injeção pode provocar a reação em quem não gosta, em quem tem medo ou em quem reage a tomar injeção. Pode ser uma reação de dor, pode ser uma reação de nervosismo, pode até ser uma reação de desmaio, que aconteceria com qualquer injeção e, não por ser uma injeção que contém a vacina contra o HPV".
REPÓRTER: Segundo o Ministério da Saúde, a vacinação contra o vírus HPV tem três etapas. Após a primeira aplicação, a menina deve tomar a segunda dose seis meses depois. A terceira dose, que é o reforço, deve ser aplicada cinco anos depois. O ministério ressalta que, somente com as três doses a proteção vai estar completa. As meninas entre 11 e 13 anos, de Cruzeiro do Sul, que ainda não tomaram a segunda dose da vacina contra o vírus HPV, podem procurar qualquer um dos oito postos de saúde. Os postos estão abertos a população de segunda a sexta-feira, de oito da manhã à cinco da tarde. As adolescentes não precisam da autorização dos pais para tomar a vacina. Basta levar o cartão de vacinação ou um documento de identidade.
Com colaboração de Guilherme Pesqueira, reportagem, Henrique Carmo