REPÓRTER: A enfermeira Alice Nunes, nome fictício de nossa personagem, relata que começou a sofrer violência física por parte do companheiro, mas que mesmo sendo ameaçada resolveu enfrentar o problema e continuar a vida.
SONORA: Enfermeira Alice Nunes.
“No começo era assim, a gente caminhando de mãos dadas, era aquele apertão na mão, aquele repuxão, eu já cheguei a tomar tapa na cara, um dia ele me ameaça assim, não só em bater, mas ele ia me perseguir se eu terminasse, eu tive que enfrentar, enfrentar não a ele, mas enfrentar a eu mesma, ter coragem pra continuar a vida.”
REPÓRTER: No próximo mês, entre os dias 3 e 7 de agosto, o Tribunal de Justiça do Pará irá coordenar, no âmbito do Estado, a mobilização do sistema de Justiça para a 2ª etapa do projeto Justiça pela Paz em Casa, iniciativa coordenada pela vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, que tem como objetivo dar solução a processos pendentes de julgamento em crimes que envolvem mulheres como vítimas. A juíza auxiliar da coordenadoria estadual de Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher do Tribunal de Justiça do Pará, Mônica Maciel, destaca que toda mulher vitima de violência deve procurar imediatamente seus direitos.
SONORA: Juíza Mônica Maciel.
“Toda mulher que for vitima, seja de violência física, moral, violência sexual, qualquer tipo de violência, ameaça, seja ameaça de morte ou lesão corporal, que realmente possam procurar seus direitos que serão devidamente garantidos e ficará realmente preservado na sua integridade física e psicológica.”
REPÓRTER: No dia 8 de agosto haverá uma grande ação social de cidadania, com serviços judiciais, de saúde, expedição de documentos e uma série de outras iniciativas para atender o público feminino do bairro da Terra Firme, em Belém, e no dia 22 no distrito de Icoaraci. Uma das prioridades da Coordenadoria estadual de combate à violência doméstica e familiar contra a mulher, no âmbito do TJPA, são as unidades com mais de mil processos pendentes, entre as quais Belém, onde há três varas especiais de violência contra as mulheres, Ananindeua, Santarém, Marabá e Altamira.
Reportagem, Storni Jr.
