Data de publicação: 28 de Dezembro de 2016, 22:01h, atualizado em 17 de Julho de 2020, 18:31h
LOC: O Ceará ocupa a quarta posição em índice de infestação pelo mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya na Região Nordeste. Foram notificados mais de seiscentos casos suspeitos de Microcefalia, que é a malformação dos cérebros de bebês por possível infecção do Zika. Quando o assunto é Dengue, os números também são significativos. Desde o início do ano o estado notificou quase cinquenta mil casos suspeitos. O índice de infestação por Chikungunya beira os quarenta e cinco mil casos notificados, colaborando para que o Ceará esteja nesta triste situação. Evitar que mais pessoas sejam vítimas dessas doenças passa obrigatoriamente pelo combate a proliferação do mosquito em água parada. A técnica do Núcleo do Controle de vetores, Ricristhi Gonçalves, alerta para a principal dificuldade que o Ceará encontra em relação ao combate.
TEC/SONORA: Ricristhi Golçalves, Técnica do Núcleo do Controle de vetores.
“Porque como todos sabem, as ações de combate do vetor Aedes aegypti são contínuas. Elas têm que estar sempre acontecendo. Não tem como você descuidar. Você cuidou bastante por um período e descuidou em outro período, aí mosquito consegue se valer desta situação e repovoar uma área. A distribuição das chuvas aqui no Ceará é bastante irregular. E nesses últimos cinco anos nós temos sofrido bastante com isso. Então, é natural que as pessoas tentem armazenar água em vários recipientes em casa. E muitas vezes fazem isso de forma desprotegida. Então, a gente acaba ficando vulnerável a presença do vetor”.
LOC: A seca tem obrigado a população do Ceará a armazenar água das mais diversas formas há muitos anos. E é aí que mora o perigo. Se não tiver o cuidado devido, o mosquito transmissor da Dengue, do Zika e da Chikungunya bota os ovos na água parada, se multiplica e pica muita gente.
TEC/SONORA: Francisco Pires, coordenador de Endemias de Caucaia.
“O município está com um projeto pioneiro, inclusive, a nível estadual. Nós montamos, aqui, no setor de Controle de Endemias e zoonose, um laboratório de reprodução do peixe beta. A ideia é reproduzir esse peixe nesse próprio laboratório, e a previsão é que agora, acredito que partir de janeiro ou fevereiro, a gente já tenha a condição de estar reproduzindo esse peixe. Nós calculamos pelo projeto elaborado que, por mês, a gente possa estar reproduzindo entre quatro a cinco mil peixes”.
LOC: Segundo Francisco, em aproximadamente 15% das moradias dos bairros mais afetados pelo mosquito na zona urbana de Caucaia o peixe beta já é utilizado.
Continue Lendo
O Brasil 61 é um portal de comunicação que leva informações para todo o Brasil. Somos especialistas em produzir conteúdo particularizado para sua região. Trazemos as principais notícias do Planalto Central especialmente pra você. Todo o nosso conteúdo é gratuito e de livre reprodução.
© Brasil 61 2023 • Desenvolvido pela   Humanoide.dev