BETIM (MG): Cidade está em estado de alerta e faz mutirão contra mosquito da Dengue, Zika e Chikungunya

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LOC: Os moradores de Betim precisam tomar ainda mais cuidado com o mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya. Isso porque do dia 2 ao dia 13 de janeiro, a cidade realizou o último levantamento rápido de infestação do mosquito. O índice, que mede a quantidade de criadouros no município, mostrou que Betim está em situação de alerta para uma possível infestação. Bueno Franco, Jardim Brasília, Espírito Santo e o Niterói foram os lugares onde os agentes de endemias mais acharam focos.


É para fortalecer a luta contra a Dengue, o Zika e a Chikungunya que a prefeitura começou o ‘Mutirão do Bem’. As equipes do mutirão percorrem todas as regiões da cidade para retirar o lixo e o entulho descartados em lugares impróprios. É o que explica o secretário de Saúde de Betim, Guilherme Carvalho

TEC./SONORA: Guilherme Carvalho, secretário municipal de Saúde

“O mutirão do bem está percorrendo todas as regiões da cidade para retirar lixo e entulhos descartados em lugares impróprios. Essa limpeza começou no dia 4 de janeiro e a previsão é que ela ocorra até o mês de fevereiro. De acordo com a Secretaria Municipal de Obras um mapeamento já está sendo realizado para mapear a atual situação do município e, a partir daí, as administrações regionais vão conseguir atender efetivamente todos os bairros, de acordo com as demandas e características de cada um”.

LOC: De acordo com a Secretaria de Saúde de Betim, 15 mil pessoas tiveram Dengue na cidade em 2016. Foram 379 casos suspeitos de Zika e outros 80 de Chikungunya. Paulo Oliveira, que é agente de endemias em Betim e trabalha há oito anos na eliminação de criadouros, conta que o aumento dos casos é comum logo no início do ano.


TEC./SONORA: Paulo Oliveira, agente de endemias
“O período, agora, no verão, agora em janeiro, fevereiro e março é quando nós temos um pico maior das doenças e da infestação do mosquito. Então isso contribui muito. A chuva e as condições climáticas contribuem muito para que isso ocorra de forma maior nessa época do ano”.

LOC: Além de Paulo Oliveira, outros 134 agentes de combate às endemias trabalham em Betim, diariamente, para ajudar na eliminação de focos do mosquito. Mesmo assim, o descuido de qualquer morador pode acabar com a eficiência do trabalho dos agentes. Apesar de cuidar muito bem da casa em que mora na Nossa Senhora da Glória, dona Maria Rosa do Santos, de 78 anos, pegou Dengue no ano passado.

TEC./SONORA: Maria Rosa dos Santos, aposentada
“As pessoas têm que ter mais cuidado, olhar mais os recipientes. Não deixar água parada, porque a Dengue até mata, viu? Fiquei uns seis dias internada, porque minha glicose abaixou também, não é? Muito dor no corpo, diarréia, dor no abdômen. E, por último, falta de ar.”

LOC: Dona Maria Rosa dos Santos teve Dengue, mas essa não é a única doença que preocupa. O agente de endemias Paulo Oliveira conta que a Chikungunya e o Zika também estão deixando o governo em estado de alerta.

TEC./SONORA: Paulo Oliveira, agente de endemias

“Até então, o que nos preocupava muito era a Dengue. Porque a Dengue é uma doença que você pega e, ou ela pode levar a óbito, ou você se cura permanentemente. Agora, as outras doenças... a Chikungunya, por exemplo, essas outras doenças trazem uma sequela e nos trazem uma preocupação maior. Porque a pessoa pode ficar por um bom tempo afastada do trabalho, em virtude das conseqüências que a Chikungunya pode trazer. E o Zika também pode inclusive prejudicar as mulheres que estão entrando nos primeiros meses de gravidez.”

LOC: É importante lembrar que os sintomas da Dengue, Zika e Chikungunya são muito parecidos. Por isso, se você sentir dor de cabeça, dor no corpo, nas juntas e articulações, além de febre e manchas no corpo, a primeira coisa que deve fazer é procurar um médico. Para saber mais sobre como você pode ajudar na luta contra o mosquito, acesse o site: saude.gov.br/combateaedes. Ministério da Saúde, Governo Federal.

 

 

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