BELÉM: Método Constelação familiar soluciona conflitos emocionais

O projeto piloto "Aplicação das Constelações Familiares” foi lançado em Belém e a metodologia já funciona na 2ª e 4ª Varas de Família da capital, com aplicação em processos envolvendo divórcio, guarda de filhos e alimentos. 

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REPÓRTER: A servidora do Tribunal de Justiça do Pará Helena Silva participou do primeiro atendimento de Constelação Familiar, um método que ajuda a solucionar conflitos emocionais a partir da análise do que está por trás do problema. Helena garante que ficou satisfeita com o resultado.

SONORA: Servidora do Tribunal de Justiça do Pará Helena Silva.
“A gente, na realidade, sabe quais são os caminhos e possibilidades que a gente tem para solucionar um problema, mas, às vezes, a gente não tem a coragem de pensar, porque são situações que te dão um pouco de medo e você não quer enfrentar, e com essa técnica que foi usada comigo eu consegui ver isso de uma maneira mais suave e a minha mente abriu um pouco mais para que eu possa pensar sem tanto medo em como encontrar uma solução melhor para os problemas que eu estou enfrentando e com isso, realmente, torná-los práticos, executá-los”.
 
REPÓRTER: O projeto piloto "Aplicação das Constelações Familiares” foi lançado em Belém e a metodologia já funciona na 2ª e 4ª Varas de Família da capital, com aplicação em processos envolvendo divórcio, guarda de filhos e alimentos. O método é feito com bonecos ou pessoas, que serão movimentadas de acordo com a percepção e sentimentos de quem está sendo constelado. A médica e psicoterapeuta Marly Azevedo abordou a importância da constelação familiar para o meio Jurídico. De acordo com a especialista, 60% dos conflitos se dão por questões de herança familiar. Marly comenta a metodologia.
 
SONORA: Médica e psicoterapeuta Marly Azevedo.
“A constelação familiar é uma ferramenta, porque o objetivo principal da constelação é trabalhar o sistema. Como nós fazemos parte, todos nós fazemos parte de sistemas, o sistema Judiciário o trabalho dele é trabalhar os conflitos, geralmente, são pessoas que estão buscando a Justiça e a Justiça maior está na alma. Então, muita das vezes se precisa chegar na pessoa para entender o que ela representa do sistema como um todo, que se possa modificar através da compreensão e da aceitação de que ela pertence a um sistema, de que ela tem um lugar nesse sistema e de que ela é importante estar em equilíbrio”.
 
REPÓRTER: A servidora do Judiciário, Carmem Sisnando, voluntária na execução da Constelação Familiar, destaca os benefícios do projeto para o Tribunal de Justiça do Pará e também para as partes envolvidas em um processo.
 
SONORA: Servidora do Judiciário, Carmem Sisnando.
“A redução do tempo em que o processo irá correr dentro do Tribunal, porque a partir do momento em que você resolve as questões emocionais, as pessoas ficam mais calmas e tranquilas para olhar o problema de forma direta e assim encontrar um caminho para seguir, que pode ser feito na conciliação ou na mediação. E se for já no momento de uma sentença judicial, a sentença judicial sai e as pessoas saem mais harmonizadas para ter uma tranquilidade e paz na família. É uma forma do Tribunal contribuir para a humanização das pessoas, redução dos conflitos internos”.
 
REPÓRTER: Qualquer processo que envolva conflito poderá ser atendido pelo projeto, desde que as partes aceitem participar. Basta procurar o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos, o Nupemec.
 
Reportagem, Thamyres Nicolau
 

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