Data de publicação: 29 de Dezembro de 2014, 22:00h, atualizado em 22 de Dezembro de 2014, 22:00h
Tempo de áudio - 3min38seg
REPÓRTER: No período de chuvas, o risco de alagamentos, enchentes e deslizamentos aumenta. Por isso, o Ministério da Saúde mobilizou profissionais de saúde que são voluntários da Força Nacional do SUS para apoiar estados e municípios brasileiros em casos de desastres naturais, caso seja necessário. A Força Nacional conta com mais de 12.800 voluntários e com estoque de 200 kits com medicamentos e insumos estratégicos para disponibilizar aos gestores locais em casos de desastres. Cada kit tem capacidade para atender cerca de 1.500 pessoas ao mês e é composto por 48 itens, sendo 30 tipos de medicamentos e 18 insumos para primeiros-socorros, como antibióticos, anti-inflamatórios e ataduras. O coordenador geral da Força Nacional do SUS, Paulo de Tarso, explica a importância dos kits como medida de prevenção em caso de desastres naturais.
SONORA: coordenador geral da Força Nacional do SUS Paulo de Tarso
"Esse kit tem os medicamentos da Atenção Básica, são medicamentos para manutenção. Todos aqueles pacientes crônicos, então todos os diabéticos, todos os hipertensos, que tomam algum tipo de medicamento que não pode parar e numa chuva, desmoronamento, seja o que for, a gente encaminha esses kits para manutenção de tratamento de todos esses pacientes. Isso é o mais importante, ter todo um plano elaborado de prevenção, para os seus agravos, desastres da natureza. Então se você tem já um plano previamente elaborado é o que resolve".
REPÓRTER: O médico de 53 anos, Dalvan Tadeu Brun, por exemplo, é voluntário desde 2012 e já participou de missões no Amazonas, Acre e Rondônia. Ele conta que a experiência de atuar nas missões é bastante intensa.
SONORA: médico Dalvan Tadeu Brun
"Esse contato muito próximo com a população é um contato muito intenso, principalmente nas alagações, uma população ribeirinha já sofrida, te olhando com aquele olhar de curiosidade, de admiração. Pessoal que perdeu tudo, que não sabe como é que vai voltar para casa, quando vai voltar. E alguns vieram nos agradecer olho no olho pela consideração por nós estarmos tratando eles bem, com humanidade. Tem um princípio que é o princípio da equidade que é disponibilizar o máximo de recurso para quem precisa mais. Foi bem intenso. É bastante rica a experiência".
REPÓRTER: A técnica de enfermagem de 40 anos, Danielle Andrade também se tornou voluntária da Força Nacional do SUS. Em dezembro do ano passado, ela participou da missão no município de Lajedinho, na Bahia. Danielle conta que destaca que a experiência de ajudar as pessoas em situação de desastres é um grande aprendizado.
SONORA: técnica de enfermagem Danielle Andrade
"Quando a gente trabalha em saúde a gente só escolhe porque gosta e ama e quando a gente vê um objetivo desse, como a Força Nacional, que você sabe que vai para levar ajuda. Uma cidade totalmente acabada, como Lajedinho, com a enxurrada que teve, mundo sem casa. Agradecem tanto a gente, isso é muito gratificante. A Força tinha mandado uma pessoa para fazer o levantamento da área, o que ia precisar. Foi muito organizado. Para mim foi um crescimento, foi um aprendizado muito importante".
REPÓRTER: Desde o início de dezembro até o final de março de 2015, equipes de urgência e emergência estão de sobreaviso em todo o país, além de uma escola de trabalho de profissionais do Ministério da Saúde e coordenadores que ficarão à frente das missões da atuação da Força Nacional. Para saber mais sobre as ações da Força Nacional do SUS, acesse o site do Ministério da Saúde: www.saude.gov.br.
Reportagem, Karina Chagas
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