ARAGUAÍNA (TO): Dengue e Chikungunya aumentam no município

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LOC: A Dengue e a Chikungunya aumentaram em Araguaína nos primeiros meses de 2017, em comparação com o mesmo período do ano passado. Ao mesmo tempo, em janeiro e fevereiro de 2016, a Zika teve 115 casos e este ano, até agora, registrou apenas 31. Porém, outros índices aumentaram. A Dengue passou de 240 para 280 casos. A que mais preocupa, no entanto, é a Chikungunya, que teve um crescimento considerável. Ano passado, Araguaína contou com apenas dois casos e já nos primeiros meses de 2017 foram registrados 74 casos.

Josefa Ferreira tem 60 anos. Trabalha na lavoura, na roça que tem no bairro São João, no município de Araguaína. Ela foi picada em fevereiro este ano pelo mosquito transmissor da Chikungunya. Até hoje Josefa diz os sintomas persistem. Ela sente que a doença piorou. Josefa conta que tem muitos casos em sua cidade. Como, por exemplo, ela cita o caso do vizinho da sua mãe, que morreu de Chikungunya.

Não é a primeira vez que Josefa sofre com doenças relacionadas ao mosquito. Ela também pegou Dengue, três vezes.  A última foi há uns dois anos. A principal diferença que sentiu, segundo ela, foi que a Dengue doía os olhos e o corpo, mas, depois da febre, melhorava. Agora com a Chikungunya sua queixa é que o corpo incha e dói o tempo todo, incessantemente.

 TEC/SONORA: Josefa Ferreira, lavradora.

“Para eu te falar, essa doença é terrível. Já tive malária, já tive Dengue, mas nunca tive uma doença que nem essa, não. Essa daqui é pior que todas as doenças. Entreva a mão, as pernas, os pés. Não pode caminhar. Você não dá conta de escovar a própria boca, não pode pentear seu cabelo. É muito difícil. Dói sem parar, não pára de doer, doendo todo o tempo. As juntas incham demais, os pés incham, as mãos estão inchadas. Ela empola toda, passa o dia inteiro empolado. É muito ruim. Coisa terrível mesmo. Muita dor de cabeça.”

 LOC: Mariana Parente é coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue, Zika e Chikungunya de Araguaína. Ela conta que estão realizando mutirão com 30 agentes nos bairros com maior infestação de mosquito e maior quantidade de casos, que são Nova Araguaína, São João, Centro e também o Araguaína Sul. Além disso, realizam reciclagem e atualização do pessoal das unidades de saúde para melhorar o diagnóstico da doença. Mas o principal de tudo é a população se mobilizar também, de acordo com a recomendação de Mariana.

 TEC/SONORA: Mariana Pereira Parente, coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela do município de Araguaína.

 “Porque a gente sabe que a maioria dos focos encontrados é dentro das residências. Então, o que a gente precisa é conscientizar a população cada vez mais que essas doenças não são mais um problema de poder público, de saúde pública. Também as pessoas precisam se envolver para que a gente possa conseguir diminuir essas doenças no nosso município e também no país inteiro.”

LOC: O município conta hoje 150 agentes de endemias empenhados em combater o mosquito. Porém, o trabalho não é só deles. Cada morador de Araguaína precisa vistoriar a própria casa e eliminar qualquer foco que possa proliferar o mosquito. Não deixe água parada, limpe as calhas e mantenha as caixas d’água bem fechadas. Para saber mais sobre doenças e formas de prevenção, acesse saude.gov.br/combateaedes. 


 

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