LOC.: Desde 2001, o químico de petróleo Richardson Mota, 34 anos, doa sangue em Manaus. Ele mora na rua Nonato de Castro, no bairro Ponta Negra. A partir de 2015, no entanto, se tornou doador efetivo, comparecendo ao hemocentro quatro vezes ao ano. Quando estabeleceu essa rotina em sua vida, Richardson viu que poderia fazer mais. Ele é corredor e há um ano criou o grupo Atleta Corredor, que reúne 250 desportistas da cidade. Eles sempre marcam presença no Hemocentro do Amazonas doando sangue. Richardson lembra dos benefícios que o ato proporciona e explica por que o esporte o inspirou para a criação do grupo.
TEC./SONORA: Richardson Pinheiro Mota, químico de petróleo.
“Além de você estar salvando quatro vidas, você tem um parâmetro que você está fazendo um exame, que você está com boa saúde, porque para você ser um doador, você tem que ter uma saúde boa. E outra coisa, os atletas geralmente são bem de saúde. Por isso que eu peguei essas pessoas, porque eu sei que ali a maioria vai passar na triagem.”
LOC.: O Hemoam atua no fornecimento de sangue para transfusão e atende todo o Estado do Amazonas. Por isso, a unidade busca sempre mobilizar a população para as doações serem contínuas. O diretor geral do Hemoam, Nelson Fraiji, explica que a instituição trabalha com uma meta de estoque de sangue para garantir a segurança de atendimento às demandas. Mas tem sido difícil alcançá-la, devido à baixa adesão de doadores.
TEC./SONORA: Nelson Abraim Fraiji, diretor geral do Hemoam.
“Nós precisamos ter aqui, na sede do Hemoam, em torno de 800 bolsas de sangue de todos os tipos, fora os estoques que precisam ter em cada hospital. Hoje, nós temos 600 bolsas. Essas 800 bolsas nos dão a garantia e a tranquilidade de dar suporte a qualquer emergência que ocorra no Estado do Amazonas e àquelas emergências inusitadas que levariam a um consumo muito grande de sangue.”
LOC.: Aos sete anos de idade, Edcarlos da Silva, morador da Avenida Natan Xavier, do bairro Parque das Graças, foi diagnosticado com hemofilia. Na época, foi um desespero para a sua família. Mas hoje, aos 42 anos, a patologia não é mais um obstáculo para ele viver com qualidade de vida. Edcarlos é técnico em análises clínicas, trabalha em dois lugares e faz faculdade. Ele voltou a estudar aos 40 anos, pois antes tinha limitações da doença que o impedia de se locomover até a escola. Diferente do que muitos pensam, os hemofílicos não dependem de transfusão de sague direta para viver, mas são dependentes das doações de sangue para não faltarem os medicamentos.
TEC./SONORA: Edcarlos dos Santos da Silva, técnico em análises clínicas.
“Hoje, depois do uso desse medicamento, a maioria desses pacientes hemofílicos tem acesso à faculdade, a ensino médio, a ensino fundamental, até uma própria atividade funcional dentro de uma empresa. Então, acredito que isso é um ganho muito grande para a sociedade. A gente necessita muito desse apoio.”
LOC.: Para doar sangue é preciso ter boa saúde, idade entre 16 e 69 anos e pesar mais de 50 quilos. O Hemoam fica na Avenida Constantino Nery, bairro da Chapada. O funcionamento é de segunda a sábado, das sete às seis da tarde. O telefone é 3655-0167. Repetindo: 3655-0167. Há também um centro de coletas na Maternidade Ana Braga, que fica na Avenida Alameda Comes Ferreira, bairro do Aleixo. Funciona de segunda a sexta, das oito às treze horas e trinta minutos. O telefone é 3647-4200. Repetindo: 3647-4200. Doe sangue regularmente e ajude a quem precisa. Para mais informações, acesse saude.gov.br/doesangue.