Data de publicação: 30 de Novembro de 2015, 08:00h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:30h
TEC: Trilha (BG)
LOC: Moradora do setor Vila Real, de Alto Boa Vista, Ivanilde Dias Costa de 46 anos tem uma filha de 14 anos. A cabeleireira não perdeu tempo e assim que as doses contra o vírus HPV chegaram no posto de saúde da cidade, levou a filha para se proteger. A menina já tomou a segunda dose da vacina. Mas nem todas mães da cidade agem como Ivanilde. Pouco menos de quatro por cento das jovens com idades entre 9 e 11 anos, público-alvo prioritário da mobilização, já tomaram a segunda dose da vacina, segundo dados do Ministério da Saúde. Esse número coloca a cidade entre as localidades brasileiras que apresentam os números mais baixos em relação à meta de vacinação contra o HPV estabelecida pelo Ministério, que é de vacinar 80 por cento dessas jovens. A cabeleireira Ivanilde Dias contou que, para ela, foi fácil convencer a filha adolescente a tomar as doses contra o HPV. Segundo Ivanilde, a prevenção de doenças graves é importante neste momento da vida das meninas.
TEC: Ivanilde Dias Costa Silva, personagem
“Eu moro pertinho do postinho de saúde daí já vim e trouxe ela para vacinar. Falei para ela que era para evitar doenças como o HPV, ela assiste televisão ela vê falar. Então ela sempre assiste ela já vê ele explicam na escola também o pessoal explica na escola daí foi fácil. Eu acho que é importante as mães trazerem as filhas para vacinar e evitar problemas de saúde, sempre é bom.”
TEC: Sobe Desce (BG)
LOC: Apesar de ouvir sobre a vacina contra o HPV nas escolas, as meninas de Alto Boa Vista só podem vacinar no posto de saúde da cidade. A única Unidade de Saúde do Município com sala de vacina fica perto da prefeitura. Lá trabalha a vacinadora Luzia Pereira Amorim, que avisa, para as mães de meninas na faixa etária de vacinação, que elas devem acompanhar as filhas até o posto de saúde. A técnica de enfermagem destaca que agentes de saúde de Alto Boa Vista estão indo de casa em casa para alertar as adolescentes sobre a importância da vacinação.
TEC: Luzia Pereira de Amorim, vacinadora do posto de saúde
“Olha, está sendo só no posto, a gente está divulgando e pedindo para que as mães acompanhe as filhas até a unidade de saúde. Aqui ela preenche algum papel, as mães sendo responsáveis. Aquelas que não estão vindo, que a gente conhece e sabe que não está vindo, a gente está indo atrás.”
TEC: Sobe Desce (BG)
LOC: A vacina contra o HPV é a principal forma de prevenir doenças graves, como o câncer do colo do útero, terceiro tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil. A cada ano são registrados quase cinco mil mortes de mulheres vítima desta doença causada pelo vírus HPV, no País. O especialista em câncer do Instituto Nacional do Câncer, Gustavo Iglesias explica a relação do vírus HPV com o câncer e lembra que a vacina é uma oportunidade de acabar com os casos de câncer do colo do útero no país.
TEC: Gustavo Iglesias, oncologista do INCA
“Vou colocar de uma maneira simples, porque eu acho que todo mundo conhece a relação do cigarro com o câncer de pulmão, todo mundo sabe que quem fuma pode ter câncer de pulmão. A relação da infecção pelo HPV com o câncer de colo uterino é ainda mais forte do ponto de vista estatístico. Se nós pudéssemos, teoricamente, extinguir de forma total e completa a infecção pelo HPV, nós provavelmente extinguiríamos também a incidência do câncer de colo do útero. Se tornaria uma doença raríssima absolutamente excepcional. A esmagadora maioria dos cânceres de colo uterino tem relação com a infecção pelo Papiloma Vírus Humano, pelo HPV.”
LOC: A vacina contra o vírus HPV é aplicada em três etapas. Após tomar a primeira dose, as meninas e adolescentes devem tomar um reforço seis meses após a aplicação. Para completar a proteção, as jovens devem comparecer ao posto cinco anos após tomar a primeira dose e solicitar a terceira e última dose. Para que a menina esteja livre do vírus HPV é importante que a vacinação seja completa. A vacina foi introduzida no calendário nacional de vacinação no ano passado para atender meninas de 11 a 13 anos de idade. Este ano, o Ministério da Saúde está priorizando a vacinação de crianças e adolescentes de 9 a 11 anos. As meninas e adolescentes com 12 e 13 anos, que ainda não tomaram a primeira ou a segunda dose, também devem procurar as unidades de saúde para atualizarem o cartão de vacinação. Obtenha mais informações sobre a vacina contra o câncer do colo do útero e o HPV no portal do Ministério da Saúde na Internet, www.saude.gov.br/hpv.
TEC: Trilha de encerramento (BG)
