ALAGOAS: População recebe visitas de agentes, mas ainda é alto o número de domicílios sem vistoria

   

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REPÓRTER: Pouco mais de 145 mil imóveis dentre as 890 mil propriedades existentes em Alagoas. Esse é o balanço do Ministério da Saúde das visitas realizadas pelas as equipes de combate ao mosquito Aedes aegypti nas duas primeiras semanas de abril. O número corresponde a 16% dos imóveis em todo o estado. Em 27 mil deles, os agentes não conseguiram entrar, ou porque estavam fechados ou porque o morador se recusou a receber os profissionais.
O Aedes é o transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika. O trabalho dos agentes é muito importante para evitar a proliferação do mosquito. Por isso, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, faz um apelo à população.
 
SONORA Marcelo Castro, ministro da Saúde
“Historicamente estamos passando por um mês que favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti, por isso, precisamos continuar fortalecendo as ações de combate ao mosquito para conseguirmos mudar esse quadro. Receba os agentes para as vistorias e fique atento às orientações que eles vão lhe dar para eliminação dos criadouros do mosquito. Não esqueça também de fazer a sua parte: reserve 15 minutos por semana para fazer a ronda em casa e acabar com o mosquito Aedes aegypti. Envolva toda a família nessa luta. Um mosquito não é mais forte que um país inteiro”.

REPÓRTER: Em todo país, são quase 270 mil agentes de endemias e de saúde visitando residências, prédios públicos e comerciais, além de indústrias e terrenos baldios. A mobilização também conta com o apoio de quase cinco mil militares das Forças Armadas.
A superintendente de vigilância em saúde de Alagoas, Cristina Rocha lembra de duas grandes dificuldades enfrentadas no Estado. Uma delas é a questão da irregularidade no abastecimento de água, a outra do lixo.
 
SONORA Cristina Rocha
“Na região onde a gente está tendo mais casos e onde o índice de infestação é mais alto, é persistente. É uma área do sertão do estado que tem uma intermitência, uma falta de água que obriga a população a armazenar e necessariamente ela não armazena nas melhores condições. Outro problema que nós temos é realmente de lixo. A população não tem uma coleta sistemática. Porque não tem coleta e ela coloca em qualquer lugar, porque a população, e isso não é só a população de menor poder aquisitivo. Todo mundo quer ver o lixo longe dos seus olhos. Aí você tem tudo a céu aberto, pneus. Aquela coisa”. 

REPÓRTER: Além de cuidar da sua casa, deixando-a livre de criadouros, você também pode denunciar lugares que podem ter focos do mosquito. Não deixe para depois, afinal, o ciclo de reprodução do Aedes dura em torno de uma semana. Procure a prefeitura ou a secretaria de Saúde da sua cidade para se informar sobre como fazer isso.
Para saber mais sobre o Aedes e sobre as estratégias de combate ao mosquito, acesse o site: combateaedes.saude.gov.br.

 

Reportagem, William Nascimento.

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