SÃO PAULO: Com nível crítico de estoques, Fundação Pró-Sangue pede doações

Os estoques de sangue estão com apenas 50% do que é necessário para atender a demanda da região. 

 

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LOC.: Mesmo com a correria do dia a dia, o químico Luíz Manabo Kimura, de 65 anos, sempre arruma um tempinho para ir ao hemocentro. Essa tarefa é uma daquelas que ele nunca deixa para depois. Há 37 anos, Kimura é doador de sangue e faz o gesto com muita dedicação.

TEC./SONORA: Luíz Manabo Kimura, químico.

“Parte de dentro de mim tem essa vontade. Todo mês eu vou lá doar plaqueta. Eu fico muito satisfeito com isso, que eu posso estar ajudando alguém e salvando vidas. Me deixa bastante feliz.”

LOC.: Atitudes como a de Kimura ajudaram a salvar o pequeno Iago, de seis anos. A mãe dele, a servidora pública Renata dos Santos, de 37 anos, ainda gestante, descobriu que o filho era portador de uma cardiopatia grave e precisava fazer três cirurgias. Uma nos primeiros meses de vida; a segunda, aos seis meses e a terceira, aos dois anos. Em todas as etapas ele recebeu muitas bolsas de sangue. A família e os amigos tiveram que fazer uma campanha na internet. Foram necessárias 60 pessoas para conseguir repor o volume de sangue utilizado pelo pequeno Iago.

TEC./SONORA: Renata dos Santos, servidora pública.

“Muitas pessoas, que não conhecemos e que a gente nem veio a conhecer, foram lá doar para o Iago. Muito importante numa hora dessas, quando eles chegam e propiciam o atendimento necessário para salvar vida. Doe porque você fazer um bem enorme. Você não tem noção do bem que você vai fazer para a pessoa que está recebendo e para a família, de ver aquela pessoa saudável de novo e de volta ao convívio em família.”

LOC.: O estado de São Paulo conta com nove hemocentros e mais de 100 postos de coletas de sangue espalhados pela capital e interior. Por mês, a Fundação Pró-Sangue coleta e processa aproximadamente 12 mil bolsas de sangue destinadas ao atendimento de mais de 100 instituições públicas de saúde da rede estadual. O volume de sangue coletado equivale a 32% do sangue consumido em toda a Região Metropolitana de São Paulo. Mas, desde março, os estoques estão operando em baixa, com apenas 50% do que é necessário. Diante desse quadro crítico, o diretor da Fundação Pró-Sangue, Alfredo Mendroni, faz um apelo à população.

TEC./SONORA: Alfredo Mendroni Júnior, diretor Fundação Pró-Sangue.

“Nós não temos outra forma de obter sangue senão através da doação voluntária. Os pacientes continuam nos hospitais com cirurgias, com doenças oncológicas, com transplantes, com traumas, precisando de sangue. Então, que as pessoas compareçam nesse momento de crise e não desapareçam depois dos bancos de sangue e esperem novas campanhas para retornarem. Mas, sim, criem o hábito de doar sangue duas ou três vezes no ano, porque só assim nós conseguimos manter um estoque estável ao longo do ano para tratar os nossos pacientes.”

LOC.: A Fundação Pró-Sangue está entre os cinco maiores bancos de sangue da América Latina e é centro de referência da Organização Pan-Americana de Saúde e da Organização Mundial da Saúde. Cerca de 85% dos doadores da instituição são voluntários, sendo 60% homens e 40% mulheres. Doe sangue regularmente e ajude a quem precisa. Para mais informações sobre doação de sangue, acesse saude.gov.br/doesangue.


 

 

 

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