PrEP – O remédio que trata HIV para pessoa que não tem HIV

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Já imaginou tomar um comprimido por dia e diminuir de forma significativa as chances de contrair o HIV em caso de uma exposição? Pois é, é basicamente assim que funciona a PrEP - profilaxia pré-exposição. O novo medicamento faz parte da prevenção combinada, abordagem criada pelo Ministério da Saúde, que oferece estratégicas para prevenir ou reduzir a chance da transmissão do HIV. O comprimido é tomado regularmente todos os dias, mesmo que não tenha suspeita de exposição, já que a intenção dele é funcionar como uma barreira para o vírus antes da pessoa ter contato com o HIV. O tempo para a medicação fazer efeito é diferente entre homens e mulheres, afirma Adele Benzaken, diretora do Departamento de doenças sexualmente transmissíveis do Ministério da Saúde.

“Para homens que fazem sexo com homem, ou seja, a concentração do medicamento na mucosa anal, ela é de aproximadamente sete dias. Em mulheres, tem que esperar 30 dias para a medicação fazer efeito.”

A terapia está disponível desde o início deste ano em 73 serviços de 90 municípios em 23 estados e no Distrito Federal. O medicamento só é liberado para maiores de 18 anos e para quem não vive com HIV. Já os profissionais do sexo, pessoas trans, gays e homens que tem relação sexual com outros homens têm prioridade no SUS. É importante lembrar que os médicos prescrevem apenas para aquelas pessoas com maior chance de entrar em contato com HIV e estarem mais expostas ao risco de infecção, portanto não descartam o uso da camisinha e as outras formas de prevenção.

“O que nós sempre orientamos é que o preservativo protege as pessoas não só do HIV, mas como também de uma gravidez indesejada, e principalmente contra infecções sexualmente transmissíveis.”

Cerca de seis mil brasileiros já tiveram acesso à PreP, e apesar do comprimido ser marcado como um dos avanços no tratamento do HIV, é fundamental considerar que o uso da medicação não previne contra outras doenças sexualmente transmissíveis. Por isso, é importante não descartar o uso da camisinha. Conheça também outras formas de prevenção combinada, disponíveis no SUS, e proteja-se. Trinta anos do Dia Mundial de Luta Contra a AIDS. Uma bandeira de histórias e conquistas. Saiba mais em aids.gov.br. Ministério da Saúde, Governo Federal.

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