POLÍTICA: Condenação de Cabral representa seriedade da Lava Jato, avaliam especialistas

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LOC.: O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, foi condenado nesta semana pela 13° Vara Federal do Estado do Paraná a cumprir 14 anos e dois meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. A condenação foi assinada pelo Juiz Sérgio Moro, que coordena as operações da Lava Jato, na qual Cabral é acusado de receber cerca de 2,7 milhões de reais da Empreiteira Andrades Gutierrez referente às obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro a Comperj. Para o presidente do Instituto Sagres de política e gestão estratégica aplicada, Raul Sturari, a decisão mostra a seriedade e agilidade do Juiz Sério Moro no processo.
 
TEC./SONORA: Raul Sturari, presidente do Instituto Sagres de política e gestão estratégica aplicada.
“Essa recente condenação do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, mostra a seriedade e a efetividade das ações do Juiz Sérgio Moro uma vez que a denúncia foi aceita em dezembro passado, ou seja, em apenas meio ano houve a conclusão de todo o processo em primeira instância.”
 
LOC.: Para o Consultor político Cesar Alexandre, a condenação de Sérgio Cabral já era esperada tanto no meio político quanto no meio jurídico.
 
TEC./SONORA: Cesar Alexandre Carvalho, consultor político.
 
“Para o meio político essa decisão do Juiz Sérgio Moro significa essencialmente duas coisas: a primeira diz respeito à questão da inevitabilidade, ou seja, processos com provas contundentes no âmbito da Lava-Jato, certamente gerarão condenações aos políticos envolvidos. A outra questão diz respeito ao tempo do processo, em casos de políticos sem o foro privilegiado, como era o caso do ex-governador Cabral, esses processos eles correrão com a mesma severidade que gente viu agora e em breve teremos novas condenações.
 
LOC.: Já para o consultor político Paulo Kramer, a operação Lava Jato ainda tem um longo caminho pela frente. Paulo elogiou o trabalho de Sérgio Moro, mas ressalta que o Juiz precisa decidir se vai ou não julgar e condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acusado na operação de ser beneficiado de recursos ilícitos da empreiteira Odebrech.
 
TEC./SONORA: Paulo Kramer, Consultor político.
 “Parece que o trabalho dele e da força tarefa da lava-jato tem suscitando, até agora, não só compreensão, mas o vivo apoio da opinião pública. E a luz dessa consideração, diz respeito aquela famosa pergunta que está na cabeça de todo mundo e não quer calar: já prendeu tanta gente, já condenou tanta gente, quando é que ele vai condenar o presidente Lula? Que ao que tudo indica, é o cabeça da organização criminosa. Aí das duas uma, ou ele considera que a opinião pública não esteja majoritariamente amadurecida para concordar com essa decisão ou, ao contrário, ele faz o cálculo de que prendendo o Lula agora pode ser que isso o torne um coitadinho aos olhos da população e que mesmo preso, ele ainda teria uma grande chance de influenciar o resultado da eleição presidencial do ano que vem.
 
LOC.: Além da pena de reclusão, Sérgio Moro determinou que, caso os advogados de Sério Cabral recorram da decisão, o ex-governador terá que aguardar preso uma possível decisão em segunda instância.
 
 Reportagem, Déborah Costa

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