LOC.: A Agência Nacional de Saúde Suplementar, a ANS, aprovou um aumento de 15,5% nos planos de saúde individuais e familiares. De acordo com levantamento da ANS, este é o maior aumento desde o início da série histórica em 2000. Antes, o maior índice registrado havia sido de 13,57%, em 2016.
A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge)considera para ocorrer os aumentos é a retomada dos atendimentos adiados no ano anterior durante a pandemia e a segunda onda da Covid-19, "muito maior do que a primeira", que pesaram no custo das despesas médico-hospitalares em 2021.
O reajuste passa a valer nos planos com aniversário no período de maio de 2022 a abril de 2023. De acordo com a ANS, em média 8 milhões de beneficiários serão impactadas com esse novo reajuste. Na avaliação do economista Alessandro Azzon, este é considerado um momento muito crítico para se fazer um reajuste deste porte.
TEC./SONORA: Alessandro Azzoni, economista
“Nós estamos com um processo inflacionário e realmente corrói a renda do trabalhador brasileiro, já estamos sentindo aumento dos combustíveis, a questão dos aumentos dos preços dos alimentos, a energia ainda continua cara e tudo isso vai corroendo o poder de compra das famílias. E, com isso, faz com que cada vez mais as pessoas com qualquer reajuste que venha surgir no meio deste se torne um estrangulador do seu do seu orçamento, levando em consideração que não houve um reajuste salarial da mesma forma”.
LOC.: O economista considera que existe um risco de essas famílias acabarem cancelando os planos para equilibrar o orçamento familiar. O reajuste anual é calculado com base nas variações das despesas com atendimento aos beneficiários, intensidade de utilização dos planos pelos clientes e inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA.
Reportagem, Juliana Gonçalves