Data de publicação: 08 de Janeiro de 2015, 03:00h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:30h
REPÓRTER: A baixa procura das meninas de Picos entre 11 e 13 anos pela segunda dose da vacina contra o HPV, traz um alerta para o futuro das jovens, que podem contrair o vírus e outras doenças no futuro. Apenas 13 por cento das adolescentes estão imunizadas. O papiloma vírus é a principal causa do câncer do colo do útero no País. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, devem ocorrer 400 novos casos deste tipo de câncer no Piauí, em 2015. O secretário de vigilância em Saúde do ministério da saúde, Jarbas Barbosa, afirma que os pais e as jovens não podem perder a chance de se imunizar e garantir um futuro livre da doença.
SONORA: Jarbas Barbosa, secretário de vigilância e saúde do Ministério da Saúde
“As famílias não podem perder essa oportunidade e não devem dar ouvidos a boatos de redes sociais, a boatos que não tem nem comprovação no Brasil e nem em qualquer lugar do mundo. É muito importante que as meninas que tomaram a primeira dose tomem à segunda. A proteção só está completa quando ela toma a segunda dose e cinco anos depois ela toma o reforço e as meninas de nove a 11 anos, em 2015, começar a vacinar para que a gente tenha a mortalidade por câncer de colo de útero reduzida de maneira drástica em nosso país”
REPÓRTER: Um dos boatos sobre a campanha é que a vacina causa desmaios e paralisia. Porém, o ministério da Saúde garante que as pessoas não devem se preocupar com supostos efeitos colaterais, já que a vacinação pode causar apenas pequenos efeitos adversos, como dor no local da aplicação e em casos raros febre e dor de cabeça. O diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, destaca que a faixa etária das jovens é a perfeita para a imunização.
SONORA: Diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch
“Ao escolher a idade de vacinação, se procura observar duas coisas: a primeira é qual é a idade em que há maior chance de que seja dada uma proteção duradoura. Quanto mais tarde se dá a vacina, mais provavelmente essa menina, esta jovem terá uma proteção duradoura. Por outro lado, quanto mais tarde se dá a vacina, maior é a chance de que estar jovem já tenha tido contato com o vírus, e a vacina não funciona se ela já tiver tido contato com o vírus ou já tiver tido infecção natural”.
REPÓRTER: O município de Picos oferece a vacina contra o HPV em um dos 39 centros básicos de saúde do município. As unidades funcionam diariamente de oito da manhã até as cinco da tarde.
Reportagem, Rodrigo Nunes