PARÁ: Judiciário paraense alerta sobre violência contra crianças e adolescentes

Cerca de 80 pais de alunos da Unidade Pedagógica Santana do Aurá acompanharam os esclarecimentos do Judiciário, sobre a rede de proteção disponível para denúncias de crianças vítimas de violência e o alerta para sinais que podem indicar que um jovem foi vítima de algum tipo de abuso. 

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REPÓRTER: A dona de casa Lidiane Barbosa, de 27 anos, possui duas filhas que estudam na Unidade Pedagógica Santana do Aurá, em Ananindeua. Lidiane participou de uma palestra do projeto “Minha Escola Meu Refúgio”, do Judiciário, que alerta pais e educadores sobre as mudanças de comportamento que evidenciam a violência física, psicológica e sexual contra crianças e adolescentes. Lidiane garante que o assunto debatido ampliou o olhar para as filhas.

 
SONORA: Dona de casa, Lidiane Barbosa.
 
“Até para gente abrir os nossos olhos, porque hoje em dia o mal ele tem em tudo que é canto, porque a gente não sabe, essa área aqui toda é mata, a gente não sabe se eles chegam. Porque ultimamente, até o nosso pai faz isso, imagina uma pessoa estranha. Então, é para abrir o nossos olhos a respeito deles, a mudança deles”.
 
REPÓRTER: Cerca de 80 pais de alunos da Unidade Pedagógica Santana do Aurá acompanharam os esclarecimentos do Judiciário, sobre a rede de proteção disponível para denúncias de crianças vítimas de violência e o alerta para sinais que podem indicar que um jovem foi vítima de algum tipo de abuso. Para a coordenadora da Unidade Pedagógica Santana do Aurá, Arlete Brito, o projeto “Minha Escola Meu Refúgio” proporciona esclarecimentos aos pais e alunos.
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SONORA: Coordenadora da Unidade Pedagógica Santana do Aurá, Arlete Brito.
 
“A gente percebe muito isso na nossa realidade aqui, tanto a violência quanto a sexualidade muito precoce, gravidez, tudo aqui é muito precoce. São crianças que dá a impressão que elas não vivem a fase infantil, já saltam para uma vida adulta, crianças que engravidam com 12 anos, 11 anos. A gente percebe a violência também, até pela realidade deles, uma realidade extremamente carente. Então, a gente percebe que tem uma necessidade de um esclarecimento maior, de abrir um leque, de mostrar uma outra perspectiva de vida para eles”.
 
REPÓRTER: O projeto “Minha Escola Meu Refúgio” é desenvolvido pela Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes de Belém e já percorreu 17 escolas. Atualmente, cerca de três mil processos tramitam na Vara especializada. A metade dessas ações são demandas relacionadas à violência sexual. À frente da Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes, o juiz Wagner Soares da Costa ressalta a relevância em informar os pais sobre os direitos das crianças.
 
SONORA: Juiz Wagner Soares da Costa.
 
“Muitas vezes o cidadão não tem noção, não tem meios de se informar adequadamente sobre direitos e deveres relacionados a crianças e adolescentes. Então, a importância disso é justamente informar essas pessoas sobre esses direitos e deveres, coisas que eles não conseguiriam normalmente. São pessoas que ficam um pouco mais isoladas, são bairros afastados, você vê que são pessoas carentes desse tipo de informação e nessa troca de informações, nessa disponibilização de informações para eles, você possibilita que eles possam depois, no futuro, em uma eventualidade, saber quem a quem procurar, saber como proceder”.
 
REPÓRTER: A Unidade Pedagógica Santana do Aurá, em Ananindeua, atende 148 crianças da educação infantil ao 5º ano.
 
Reportagem, Thamyres Nicolau
 

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