“Não deixe o preconceito impedir o tratamento”, aconselha paciente curado de Tuberculose

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Você já ouviu alguma coisa do tipo: “-Tuberculose? Vixe! Essa doença aí é de gente nojenta” ou algo do tipo: “- Eu? Eu que não quero ficar perto de um ‘tuberculoso’. Essa pessoa aí tem que ficar longe de mim e da minha família!”. Pois é, essas atitudes ainda existem no nosso país. O preconceito chega também em quem recebe o diagnóstico da doença. E sabe? Essas atitudes fazem com que as pessoas escondam a doença, não façam o tratamento ou até mesmo desistam dele. Foi por esse motivo que o Florisvaldo da Silva Andrade, morador de Santo Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, quase não foi curado.

“Teve um momento que eu cheguei a desistir. Eu cheguei pra ela e disse: ‘-Me desculpa, mas eu não vou vim pegar meu medicamento mais não. Eu não estou mais aguentando as pessoas. Tão olhando para mim e falando: nossa você tem Tuberculose, sai de perto de mim que isso pega!’ Aí ela foi e disse: o conselho que eu vou lhe dar: é que não desista, porque tem cura. Eu ouvi ela falando aquilo pra mim, aí eu falei: ‘- Homi quer saber de uma coisa? Eu vou viver minha vida, num quero saber desse povo que tá dizendo isso não!’. Hoje eu estou curado. De lá pra cá, depois que eu ouvi ela dizer isso, o recado que eu tenho pra dar é: quem tem Tuberculose não tenha vergonha, levante a cabeça, erga ela pra cima e diga: “- Eu vou vencer! E procure uma unidade básica de saúde, a mais próxima que tiver de você, procure apoio, principalmente com o pessoal da unidade de saúde.. Eu tive o maior apoio deles. Não desistam nunca!

Isso aí, Florisvaldo! Mas poucas pessoas conseguem seguir em frente sem apoio. Então, chega dessa história de excluir quem tem Tuberculose. Não tem por quê. É o que explica a coordenadora do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, Denise Arakaki.

“Não há mais necessidade de internar pacientes com Tuberculose. Eles não precisam ser isolados. Além disso, a gente sabe que o isolamento pode acarretar outros transtornos como depressão, isolamento social, afastamento da família, que podem até piorar o tratamento. Uma vez que você começa a tratar a pessoa com Tuberculose, em mais ou menos duas semanas, ela consegue deixar aquela pessoa não transmissora do bacilo. Então, o tratamento é altamente eficaz.”

Ah! E não tem nada daquela história de não chegar nem perto da pessoa. Escutem o que o pneumologista, Roberto Targa, tem para nos dizer.

“A gente não pega Tuberculose por copo, talher, garfo, por beijo, abraço. Não, a gente pega se a gente ficar muitas horas junto com um doente e ele tossindo, tossindo muito e a gente respirando aquele mesmo ar que ele está respirando.”

Agora que você sabe que Tuberculose tem cura passe a informação e ajude a deixar essa história no passado. Tuberculose tem cura. Todos juntos contra a Tuberculose. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/tuberculose.

#TBtemCura
 

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