Ministro Waldez Góes ressaltou os esforços do MIDR para ajudar o Rio Grande do Sul. (Foto: Márcio Pinheiro/MIDR)
Ministro Waldez Góes ressaltou os esforços do MIDR para ajudar o Rio Grande do Sul. (Foto: Márcio Pinheiro/MIDR)

Ministro Waldez Góes relembra êxito dos esforços aplicados no desastre do Rio Grande do Sul

Ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional faz balanço sobre papel do Governo no desastre do Rio Grande do Sul


No final de abril, uma quantidade de chuva sem precedentes assolou o Rio Grande do Sul e destruiu completamente parte do estado. Tendo a atribuição de Defesa Civil Nacional, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional lançou mão de um esforço monumental para, com celeridade, auxiliar os esforços de socorro e ajuda humanitária ao mesmo tempo que iniciava o custeio das atividades de reconstrução, já nos dias seguintes ao desastre. O ministro Waldez Góes avalia nesta entrevista como se deu e quais os maiores desafios do processo.

Confira a entrevista:

O IBGE divulgou o crescimento do PIB do segundo trimestre e, para surpresa dos analistas, o crescimento de 1,4% ficou bem acima do esperado. Se imaginava que o desastre no Rio Grande do Sul, ocorrido justamente em abril, maio e junho, afetaria negativamente o PIB do país. O que o senhor acha que aconteceu? 

Ao longo de 30 anos de vida pública, eu tive não só a oportunidade de governar meu Estado, o Amapá, por quatro vezes, mas também de ser, duas vezes, presidente do Consórcio da Amazônia. Mantive uma relação direta com o Governo Federal e com instituições internacionais e convivi com essa pauta climática, de eventos de falta ou de excesso de água, que resume quase 100% dos eventos aqui. A resposta do Governo Federal ao desastre foi gigante e foi muito ágil. Restabelecimento de internet, de energia, de água, de logística. Foi uma das primeiras providências que o Governo Federal adotou. Ainda nos primeiros dias, chegou um momento em que tinham 600 homens trabalhando nas diversas estradas, pois a primeira medida era de restabelecer, não de reconstruir. Restabelecer para poder entrar insumos, ajuda, oxigênio, produtos alimentícios, e, assim, garantir o abastecimento de bens necessários para a população do Rio Grande do Sul. A vezes, porém, só o que aparecia na televisão era o estrago que o evento causou, ceifando vidas, patrimônio, produção, enfim. Mas o que a gente via, estando presente no dia a dia, ia além disso. Era o gigantismo da resposta. Inclusive, devemos muito ao presidente Lula, porque, em regra, a gente primeiro reconhece uma Situação de Emergência e depois começa a fazer um plano de trabalho. Ele foi além disso, e propôs, primeiro, uma ida dos chefes de poderes lá. Depois, ele propôs o decreto de calamidade pública ao Congresso Nacional, e começou a ancorar uma dezena de medidas provisórias, respondendo a cada setor. Nós fizemos no Rio Grande do Sul, pela primeira vez, algo que o Brasil nunca tinha feito: esgotar água em cidades. Nunca teve, no Brasil, um plano de trabalho para fazer isso, e nós tivemos que fazer no Rio Grande do Sul. Buscamos bombas em diversas partes do país, pegamos bombas em vários estados do Nordeste, inclusive da Petrobras, e alugamos outras também.

Para abastecer de água?

Não, para tirar mesmo, literalmente. Tivemos, na região metropolitana, vários diques que não foram capazes de conter a enxurrada. Mas uma vez a água entrando na cidade, depois que o Guaíba baixou, ela não saiu. Como resolver isso? Bombeando, jogando para dentro do Guaíba. Levamos dezenas de dias para tirar a água de dentro de Porto Alegre, São Leopoldo, Canoas. E depois, à medida que a gente ia tirando a água dessas cidades e limpando-as, o Governo Federal bancava. Centenas e centenas e milhares de carradas de lixo. Foram muitas frentes abertas. No cuidar das pessoas, no tirar a água da cidade, na limpeza, no restabelecimento do serviço público, abastecimento das cidades e, agora, da reconstrução, que já está acontecendo.

Uma das ações, por sinal, foi muito rápida: o auxílio-reconstrução de R$ 5.100 por família desabrigada ou desalojada. Naquela época, dados oficiais apontavam que teríamos em torno de 800 mil pessoas desabrigadas e desalojadas. Fazendo um cálculo rápido, seriam em torno de 240 mil famílias atingidas diretamente.

Hoje, já pagamos o auxílio para 350 mil famílias, mais de 100 mil a mais do que prevíamos inicialmente. 

Fonte: MIDR

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LOC.: Em entrevista, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, relembrou o trabalho feito pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil no final do mês de Abril, quando o Rio Grande do Sul foi assolado por chuvas.

"As respostas, na grande maioria, primeiro de socorro, depois de ajuda humanitária, depois de cuidar das pessoas no abrigamento, depois de reestabelecer, reestabelecer serviços.A primeira medida era de reestabelecer, não era de reconstruir, era reestabelecer para poder entrar insumos, para poder entrar ajuda, para poder entrar oxigênio, para poder entrar produtos alimentícios, garantir o abastecimento do Rio Grande do Sul. ntão, um negócio gigante, eu vivi isso lá, gigante. Às vezes, o que aparecia na televisão fosse o evento e o estrago que o evento causou na Seifano Vidas, patrimônio, produção, enfim. Não era o que verdadeiramente a gente enxergava lá no dia-a-dia, então, por mais repetidas vezes a imprensa, a grande imprensa, publicizasse isso, mas a gente teve a oportunidade de estar vendo bem além disso, como também as respostas."

LOC: Na ocasião, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, com ajuda de parceiros, conseguiu esgotar a água nas cidades do estado em tempo recorde para evitar maiores danos.

"Nós fizemos no Rio Grande do Sul, pela primeira vez, algo que o Brasil nunca tinha feito, esgotado água de vinha em cidade. Nunca teve, no Brasil, plano de trabalho para fazer isso. E nós tivemos que fazer no Rio Grande do Sul. Buscar bombas em tudo quanto foi parte do país. Pegamos bombas em vários estados do Nordeste, pegamos da Petrobras, pegamos da Sebeste, alugamos bombas. Alugamos que eu digo assim, a gente faz o plano de trabalho com a Prefeitura. Quando entra a bomba do poder público, entra no plano de trabalho, entrava o quê? Custo de combustível, de contratação do pessoal, que fosse necessário. Quando não tinha a bomba, que teve plano de trabalho sem a bomba, de nenhuma instituição, de nenhum governo, de nenhuma empresa pública, então era de empresa privada, aquele custo também era bancado pelo governo federal."

LOC.: Para saber mais sobre as ações do Governo federal em proteção e defesa civil, acesse Ministério do Desenvolvimento Regional .

Reportagem, Mayra Christie