Data de publicação: 21 de Junho de 2022, 20:15h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:35h
O Governo Federal assinou, nesta terça-feira (21), Termo de Execução Descentralizada (TED) para início do Estudo de Viabilidade Técnico, Econômico e Ambiental para a construção do Canal de Integração do Sertão Piauiense. O evento contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro, do ministro do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira, e do secretário nacional de Segurança Hídrica (SNSH), Sérgio Costa, entre outras autoridades.
Os estudos serão realizados pela Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais. A proposta é integrar a bacia do rio São Francisco com a bacia hidrográfica dos rios Piauí e Canindé, no Piauí, o que vai contribuir para o desenvolvimento regional. Na prática, o projeto prevê a ligação do Reservatório de Sobradinho, na Bahia, aos rios piauienses. O investimento total do estudo é de R$ 4,7 milhões.
Os rios Canindé e Piauí formam a maior bacia hidrográfica do estado, abrangendo 89 municípios nas áreas semiáridas do Piauí, com populações em condições socioeconômicas baixas, onde a escassez hídrica é um dos grandes fatores que dificultam o desenvolvimento local. Com a obra, estima-se que aproximadamente um milhão de pessoas sejam beneficiadas.
Indicada no Plano Nacional de Segurança Hídrica (PNSH), da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) em parceria com o MDR, a obra tem como objetivo o suprimento hídrico das bacias hidrográficas dos rios piauienses por meio do aproveitamento das águas do rio São Francisco, caracterizando o canal como projeto do tipo supply driven (indução ao desenvolvimento a partir da oferta de água).
Durante o evento de assinatura, o presidente Jair Bolsonaro comemorou a iniciativa. “Esse é um grande passo, que representa progresso, paz e tranquilidade para a população do interior do Piauí”, comentou.
Já o ministro Daniel Ferreira ressaltou que a obra vai beneficiar uma região muito carente. “A transposição do rio São Francisco nos permite levar as águas para mais longe. Nós temos projetos para levar as águas para Alagoas, Sergipe, Ceará e, agora, também para o Piauí, beneficiando uma bacia hidrográfica que tem 40% da população sem renda e 45% ganhando apenas um salário mínimo”, observou.
O secretário nacional de Segurança Hídrica do MDR, Sérgio Costa, também destacou a importância da obra para a região. “O semiárido piauiense é uma terra árida, mas fértil. Em termos de desenvolvimento regional, podemos ter grandes avanços. Chove mais na região do que na California, nos Estados Unidos, por exemplo, que, ainda assim, é o quinto maior PIB – Produto Interno Bruto - do mundo. Portanto, essa obra vai levar desenvolvimento para o estado do Piauí”, acrescentou.