Data de publicação: 23 de Novembro de 2017, 00:55h, Atualizado em: 17 de Julho de 2020, 18:31h
Doador há mais de duas décadas, Alexsandro Dans, 40 anos, casado, pai de dois meninos de 15 e 16 anos e uma moça de 22 anos, sabe muito bem a diferença que o ato de doar sangue pode fazer na vida de outras pessoas. O gestor técnico de informática, morador do Loteamento Chamonix, conta que decidiu se tornar doador aos 18 anos, por acompanhar a necessidade constante que seus familiares tinham em receber transfusões de sangue. O caso do irmão foi o que mais marcou. Ele foi diagnosticado aos nove anos com uma doença autoimune, caracterizada por baixos níveis de plaquetas. Mais tarde evoluiu para uma leucemia. Fez transfusões até os 16 anos, mas acabou falecendo aos 19 anos. Hoje, Alexsandro é doador de plaquetas e também doa sangue quando o estoque de O negativo, seu tipo sanguíneo, está baixo. A mãe, a esposa, os quatro irmãos e todos os amigos também são doadores e conhecem a importância de fazer isso regularmente.
“A gente sempre teve alguns problemas na família, que necessitavam de doação, meu irmão, principalmente. A todo o momento a gente doava. Na verdade, independente do meu irmão, mesmo depois que meu irmão chegou a falecer, a gente continuou a doar. As pessoas, elas se sensibilizam quando existe um amigo próximo, parente próximo, e elas não pensam no ser humano em geral. A pessoa vai lá ao hospital, faz a doação porque o tio, o avô, o primo, o amigo, tá lá internado e precisa. Mas não faz isso regularmente, o que poderia estar ajudando outras pessoas que não são conhecidas. Cada bolsa dá para até três pessoas serem salvas. Não importa se a pessoa é parente, conhecida ou não, a pessoa tem que doar de coração aberto, sem a necessidade de ser alguém do círculo de conhecimento.”
O Hemocentro Regional de Londrina atende 22 hospitais públicos de mais de 17 municípios. São coletadas 1,2 mil bolsas de sangue por mês. Em outubro, o hemocentro recebeu um reforço. O ônibus de coleta, que estava parado há cerca de dois anos, voltou a funcionar. Ele fica em um ponto fixo no centro de Londrina, no museu histórico da cidade. O atendimento é realizado toda quinta-feira, de oito às onze da manhã. O diretor do hemocentro, Fausto Trigo, explica que, durante a coleta externa, são atendidos aproximadamente 50 doadores, o que deve aumentar o número de doações regulares e a quantidade de bolsas em estoque.
“A expectativa é que nós possamos coletar 200 bolsas a mais por mês, o que pra nós significaria um sexto de aumento de produção, que é bastante significativo. E, logicamente, o ponto fixo no centro da cidade aumenta a acessibilidade do nosso doador que quer fazer a doação, mas eventualmente não pode pegar um transporte até o hemocentro, que fica um pouco afastado do centro da cidade.”
Para doar sangue, a pessoa precisa estar com boa saúde, pesar mais de 50 quilos e ter de 16 a 69 anos. Menores de 18 anos devem apresentar autorização dos pais ou responsáveis. O Hemocentro Regional de Londrina está localizado na rua Cláudio Donizete Cavalieri, número 156, no Jardim Tarumã. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, de uma às seis e meia da tarde. No sábado, o horário é de oito da manhã às cinco da tarde. Toda quinta-feira o ônibus de coleta estaciona no Museu Histórico de Londrina, na rua Benjamin Constant, no centro, e atende das oito às onze da manhã. Se tiver dúvidas, entre em contato no telefone 3371-2218. Repetindo: 3371-2218. Para outras informações, acesse saude.gov.br/doesangue.