Jovens de Rondônia estão abaixo da meta de desenvolvimento educacional do IDEB

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A educação básica brasileira tem deixado a desejar quando se trata de preparo para o mercado de trabalho. É o que indica um estudo da Confederação Nacional da Indústria, a CNI, que sugere a necessidade de melhorar as aulas dos ensinos fundamental e médio.

Por esse motivo, Alexia Vitória, que está no ensino médio e sonha em fazer medicina, decidiu ter um diferencial dos outros concorrentes. Ela faz um curso de técnico administrativo no SENAI de Rondônia. Para ela, o curso é importante não só quando se trata da área profissional. Ele também ajuda nas atividades do dia a dia.

“O curso acrescenta em várias partes da minha vida. Acredito que tanto na parte do mercado de trabalho, como também na minha futura faculdade. Porque a gente aprende aqui muita coisa, não somente como fazer algo no meio administrativo, mas também como administrar a nossa vida.”

Alexia acredita que tem muitas oportunidades de entrar para o mercado de trabalho assim que terminar o curso técnico. Para a especialista em administração Débora Barem, da Universidade de Brasília (UnB), as chances não são as mesmas para outros estudantes. Ela entende que a educação básica ainda tem muito a melhorar.

“Nós temos alguns problemas na educação de base de uma forma geral, não temos incentivos para que as crianças consigam digerir a matéria, o que é ciência, entender que não são coisas fora de nós. Se buscarmos todas essas questões em relação à ciência e tecnologia, vamos viabilizar novos entendimentos.”

O diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi, segue na mesma linha de Barem, e propõe mudanças para o currículo da educação básica:

“Precisamos fazer um grande esforço se queremos ajudar a agenda de inclusão social para o jovem brasileiro melhorar a produtividade do trabalho, para melhorar a possibilidade dos jovens se inserirem no mercado de trabalho, construírem seus projetos individuais e certamente gerar mais riqueza, bem-estar, competitividade para as empresas e para o país.”

O resultado do último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica revelou que o estado de Rondônia não alcançou a meta estabelecida pelo Ministério da Educação. O desempenho médio dos estudantes que deveria ser de, no mínimo, quatro pontos, foi de 3,60.

Reportagem, Sara Rodrigues

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