Foto: Divulgação/Brasil Mineral
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Investimento em pesquisa avança projetos na Bahia

Os aportes foram destinados à pesquisa mineral e para a modernização e aquisição de equipamentos

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A Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) investiu mais de R$ 65 milhões nos últimos quatro anos em projetos de pesquisa e ampliação do conhecimento geológico do estado. Os aportes foram destinados à pesquisa mineral e para a modernização e aquisição de equipamentos, como drones, GPS’s, analisadores minerais portáteis, gravímetro, além da realização de estudos importantes para o mapeamento geológico do estado e, consequentemente, para a descoberta de novas oportunidades minerais como é o caso do Mapa Tectônico-Geocronológico do Estado da Bahia, o Levantamento Aerogeofísico, realizado no Norte do estado e também as Cartas de Anomalias ao longo da FIOL. “Hoje, já somos o estado mais bem estudado geologicamente do Brasil e nos últimos 50 anos a CBPM vem desenvolvendo um papel fundamental nesse processo. Só este ano realizamos importantes trabalhos que devem gerar resultados promissores. No primeiro semestre, realizamos um novo Levantamento Aerogeofísico, no Norte da Bahia, onde os resultados das sondagens são excelentes e onde provavelmente teremos uma grande mina de nível mundial”, enfatiza o presidente da CBPM, Antonio Carlos Tramm.

Dentre os destaques está o Mapa Tectônico-Geocronológico, projeto executado entre 2018 e 2020, por meio de acordo Cooperação Técnica entre a CBPM e o Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM). O mapa abrange a parte Norte do Cráton do São Francisco e possibilita a identificação de novos depósitos minerais. A identificação das áreas foi possível graças aos dados disponíveis no mapa, que apresenta as principais unidades, as feições estruturais mais expressivas, além de ampliar o conhecimento sobre o contexto tectônico em que as mineralizações se formaram no tempo e espaço, em termos de ambiências e regimes tectônicos. Outro ponto importante da CBPM foram os Levantamentos Aerogeofísicos, da região Norte do estado, nas áreas de Campo Alegre de Lourdes e Cabeça do Tempos realizados no primeiro semestre de 2022. Após a entrega dos resultados do Levantamento foi iniciado um programa de sondagem exploratória, onde existem potenciais para níquel, cobre, cobalto, por exemplo. “Os dois primeiros furos realizados e o terceiro em andamento, locados em anomalias distintas e com espaçamento de aproximadamente 5 km, vêm confirmando a forte presença de rochas ultramáficas estratificadas e sulfetadas, altamente mineralizadas, com indicativo de enriquecimento supergênico. As amostras coletadas serão dosadas analiticamente para definir e validar os resultados até então encontrados e a comprovação da potencialidade da região para mineralizações de níquel, cobre, cobalto e outros bens minerais”, explicou o diretor técnico da CBPM, Rafael Avena. “A tecnologia utilizada nas análises é o método eletromagnético, no domínio do tempo, através de helicóptero. É um método desenvolvido pela empresa, no Canadá, e o diferencial desse método é que ele permite você investigar depósitos minerais em profundidade de até 500 metros, a depender da ocorrência”, comentou o diretor-presidente da Lasa Prospecções, representante da Xcalibur no Brasil, Henrique Duarte. 

Como destaque, a CBPM cita também as Cartas de Anomalias da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), projeto que quando estiver em operação, facilitará o escoamento da produção agrícola e também mineral da Bahia, aumentando a competitividade dos produtos estaduais e facilitando a chegada deles até aos Portos e TUPs do estado. Dentre as cartas já disponíveis estão: Santa Maria da Vitória; Macaúbas; Riacho de Santana; Caetité; Maracás; Amargosa; Brumado; Jequié; Jaguaquara; Tanhaçu; Condeúba; Manoel Vitorino; Ipiaú; Itaju do Colônia e Camacã, onde foram, por exemplo, identificadas algumas anomalias citadas durante a apresentação do projeto. “As anomalias, no tema do encarte do produto de potássio e urânio, junto com a anomalia magnética indicam um potencial para mineralizações associadas a alteração hidrotermal, como chumbo e zinco ou também associações de ouro e cobre pórfiro”, explica o Geofísico do SGB-CPRM, Ricardo dos Santos.

A CBPM já foi responsável por importantes descobertas geológicas na Bahia, como a mina Santa Rita, em Itagibá, única produtora de níquel sulfetado do país; a mina de vanádio, em Maracás, também única produtora do minério no Brasil; e a mina de ouro, no município de Santaluz, dentre outros, são exemplos. 

Dados da Agência Nacional de Mineração (ANM) mostram que no acumulado dos últimos cinco anos (2017 a 2021), a Bahia investiu mais de R$ 1,5 bilhão em pesquisa mineral (contabilizando investimentos públicos e privados). “Ao longo deste e dos últimos 50 anos, a CBPM esteve à frente de várias descobertas e lutas que ajudaram a mineração da Bahia a alcançar o patamar hoje vivido. Lutas essas que fazem da Bahia um dos estados mais bem estudados geologicamente, atualmente, com maior poder de atração de investimento para o setor mineral do país, nos colocando, nos últimos anos, em posição de destaque neste segmento. Com certeza todo esse trabalho e esforço levará a mineração baiana para uma nova etapa de modernidade e prosperidade”, enfatiza Tramm.

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