LOC.: O Brasil perdeu 211.847 vidas a mais do que o esperado para o começo deste ano. O número é resultado de uma pesquisa realizada pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que mostra um excesso de mortalidade de 64% entre 1º de janeiro e 17 de abril de 2021.
A infectologista Ana Helena Germoglio explica o que significam os conceitos da pesquisa.
TEC./SONORA: Ana Helena Germoglio, infectologista
“O excesso de mortalidade nos representa a quantidade de óbitos, de causa natural, que ocorreram e que não eram esperados naquele determinado período. Esse dado deve ser utilizado para que a gente possa avaliar a magnitude, ou seja, o impacto das doenças na população naquele ano avaliado, além de poder avaliar a eficácia do sistema de saúde no atendimento à população”
LOC.: Os estados de Amazonas, Rondônia e Goiás são os que registraram os maiores excessos de mortalidade proporcional à população.
Carla Pintas, professora do curso de Saúde Coletiva da UnB, ressalta que os municípios têm uma parcela importante para a contribuição no fortalecimento da atenção primária, que é um caminho para a prevenção.
TEC./SONORA: Carla Pintas, professora do curso de Saúde Coletiva da Universidade de Brasília (UnB)
“A atenção primária está colocada como serviço fundamental em todos os municípios do país. Ela tem acesso à população e consegue verificar a sua vulnerabilidade, a sua necessidade. Ela está presente nos locais de difícil acesso. Então, essa é uma questão importante para a gente considerar.”
LOC.: Em 2020, o excesso de mortalidade foi de 22%. Este ano, os dados são mais fatais para a população masculina e de faixa etária até 59 anos.
Reportagem, Alan Rios
NOTA
LOC.: O Brasil perdeu 211.847 vidas a mais do que o esperado para o começo deste ano. O número é resultado de uma pesquisa realizada pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que mostra um excesso de mortalidade de 64% entre 1º de janeiro e 17 de abril de 2021.
Para chegar aos resultados, os pesquisadores avaliaram a quantidade de mortes naturais no período, ou seja, aquelas causadas por doenças ou mau funcionamento interno do corpo, incluindo os óbitos em decorrência da Covid-19. Os números foram, então, comparados com a projeção da mortalidade estimada a partir da série histórica de óbitos registrados pelo Sistema de Informação de Mortalidade entre 2015 e 2019.
Os estados de Amazonas, Rondônia e Goiás são os que registraram os maiores excessos de mortalidade proporcional à população. Em 2020, o excesso de mortalidade foi de 22%. Este ano, os dados são mais fatais para a população masculina e de faixa etária até 59 anos.