EMPREGO: Comissão mista do Congresso Nacional aprova mudanças no Seguro-Desemprego

Trabalhador vai ter que comprovar que trabalhou 12 meses seguidos para ter direito ao seguro

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REPÓRTER: Uma Medida Provisória, que faz parte do pacote de reajustes fiscais do governo Federal, foi aprovada em comissão mista do Congresso Nacional com objetivo de mudar as regras do Seguro-Desemprego. O texto prevê que, o trabalhador só vai poder pedir o Seguro-Desemprego após trabalhar um ano, durante 18 meses que antecedem à demissão. Ou seja, se um empregado for demitido, ele vai ter que comprovar que, trabalhou por um ano seguido nos últimos 18 meses. A partir do segundo pedido do Seguro-Desemprego, a exigência de tempo de trabalho cai para nove meses e, do terceiro pedido em diante, a carência vai ser de seis meses. O relator da medida, senador Paulo Rocha, do PT do Pará, conta que foi difícil negociar as novas regras com o governo Federal e com as entidades de trabalhadores.
 
SONORA: senador Paulo Rocha, do PT – PA
 
"Nós asseguramos correções nas distorções que encareciam o orçamento do governo, mas não deixei que os trabalhadores perdessem direitos. Então, estão mantidos o seguro-desemprego, o seguro-defeso e o abono salArial, apenas com ajustes. Acho que consegui uma mediação para assegurar os interesses dos trabalhadores e os ajustes fiscais capazes de apontar para o mercado que a nossa economia tem capacidade de voltar a crescer".
 
REPÓRTER: Os parlamentares de oposição tentaram impedir a votação do relatório na comissão mista e não pouparam críticas ao texto. O deputado Federal, Glauber Braga, do PSB do Rio de Janeiro, disse que, as alterações no Seguro-Desemprego vão penalizar os trabalhadores.
 
SONORA: deputado Federal, Glauber Braga, do PSB - RJ
 
"Os impactos sobre os trabalhadores brasileiros vão ser sentidos de maneira muito negativa. A terceirização, as medidas provisórias e a política econômica que está sendo desenvolvida precisam ter freio".
 
REPÓRTER: Antes de passar a valer as novas regras do Seguro-Desemprego devem ser aprovadas nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado.

Com informações da Rádio Câmara, reportagem, Cristiano Carlos

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