EDUCAÇÃO: Consulta pública para novo currículo escolar termina em março

Projeto do governo Federal determina padronização de 60 por cento do conteúdo da Educação Básica ensinada por escolas públicas e particulares de todo País

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REPÓRTER: Termina no dia 15 de março o prazo para que qualquer cidadão envie ao ministério da Educação sugestões para as disciplinas e conteúdos que vão fazer parte do novo currículo nacional da Educação Básica. O projeto do governo Federal determina a padronização de 60 por cento do conteúdo da educação básica ensinada por escolas públicas e particulares de todo o país. Os outros 40 por cento restantes do currículo vão ser preenchidos com disciplinas que valorizem a cultura e as características regionais de cada estado e município.
 
Para entidades ligadas à educação, a reformulação curricular das escolas brasileiras é necessária. No entanto, algumas defendem que o tempo estabelecido pelo MEC para receber sugestões da sociedade não é suficiente, como explica o presidente da Câmara de Educação Básica da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, a Confenen, Samuel Lara.
 
SONORA: Samuel Lara, presidente da Câmara de Educação Básica da Confenen
“O período estabelecido para que sejam dadas contribuições por parte de técnicos e da sociedade é muito curto. A própria Confenen entregou ao secretário da Educação Básica [MEC] uma sugestão, mas o que entendemos é que isso já veio pronto e que não estão muito dispostos a aceitar contribuições.”
 
REPÓRTER: Outro ponto de divergência é a inclusão de novas matérias. A nova proposta curricular inclui temas como sustentabilidade, tecnologia, educação financeira e questões dos Direitos Humanos. Samuel Lara afirma que essa inclusão pode atrapalhar o aprendizado ao sobrecarregar os alunos. Para ele, a nova proposta poderia ter como base a experiência das escolas particulares, que já há algum tempo, oferecem de forma equilibrada conteúdos complementares ao exigido pelo MEC.
 
SONORA: presidente da Câmara de Educação Básica, da CONFENEN, Samuel Lara
“O currículo comum nacional, de nível nacional, a parte que é comum, é importante que seja a mesma para todos os estados da Federação. O diferencial da escola particular está não somente nas disciplinas, nos conteúdos complementares que oferece, mas está também na qualidade que tem do seu professorado e no investimento que faz para que possa realmente maior aproveitamento.”
 
REPÓRTER: Para mandar sugestões ao ministério da Educação sobre a nova proposta comum curricular, acesse o endereço eletrônico www.basenacionalcomum.org.br, ou vá até o portal do MEC na internet, www.portal.mec.gov.br.
 
Reportagem, João Paulo Machado

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