DIVERSÃO EM PAUTA: Através da identificação e da nostalgia, “Ela Disse, Ele Disse” consegue se conectar com todos os tipos de públicos

O filme é a terceira adaptação dos livros de Thalita Rebouças

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Quem não se lembra do primeiro amor? Rosa e Leo, personagens do filme “Ela Disse, Ele Disse”, com certeza não se esquecerão do deles. Na história, os dois protagonistas precisam começar o ano letivo em uma nova escola, onde as pessoas desconhecidas e o território ainda não explorado parecem sempre assustadores no primeiro dia de aula. Porém, tudo muda quando eles se conhecem e se apaixonam.

Mas é claro que, no meio desta paixão, surge um obstáculo. Júlia, a garota mais popular do colégio, fará de tudo para que o casal não fique junto e ela consiga Leo para si. A história, voltada para o espectador jovem adolescente, é uma adaptação do livro de mesmo nome da autora Thalita Rebouças, que comentou a importância de fazer cultura para este tipo de público, ao mesmo tempo em que a área possui tão pouco incentivo no Brasil.

“Eu acho tão importante oferecer cultura para jovem, porque, por mais clichê que seja, eles são o futuro. Um país sem cultura não tem menor condição. Acultura faz a gente pensar melhor, a cultura faz a gente ser mais feliz, a cultura ajuda a educação. Então eu fico muito lisonjeada por viver de arte neste país, neste momento”, afirmou.

Esta é a terceira vez que Thalita Rebouças assina um roteiro baseado em suas obras literárias. A escritora disse que, na hora de adaptar, não vê problema em cortar detalhes da história. Afinal, ambos os produtos possuem características e necessidades diferentes.

“No filme a gente tem 1h15min para contar uma história que às vezes a pessoa lê em horas, dias. Então é claro que não dá para ter tudo, e eu sou hiper praticante do desapego. A única coisa que eu sempre tento manter é a essência”, explicou.

E o que faz com que “Ela Disse, Ele Disse” seja mais do que um simples filme adolescente é exatamente a sua essência. Temas como bullying e a viralização nas redes sociais nos trazem importantes reflexões sobre o ambiente escolar, enquanto a história de amor dos personagens é responsável por nos despertar o mesmo singelo sentimento. Seja através da identificação como um jovem, ou da nostalgia como um adulto.

Para Marcus Bessa, intérprete do protagonista Leo, a missão do filme é passar ao público o valor da amizade, independente da nossa idade, gênero ou cor.

“Esse filme é muito importante não só para os jovens, mas para todas as pessoas de todas as faixas etárias. Porque ele aborda assuntos que todas as pessoas já viveram ou estão vivendo. Então ele vai falar sobre combate ao bullying, primeiro amor, amizade. E o que a gente quer passar, nossa principal mensagem, é passar empatia para as pessoas, que é se colocar no lugar do outro, é aceitar a diferença. E que a inimizade não leva a nada, o nosso maior valor é a amizade”, disse.

“Ela Disse, Ele Disse” é um filme leve e descontraído. Ele monta a sua narrativa de forma dinâmica e apresenta elementos visuais que ajudam muito bem a introduzir os personagens e a construir o ritmo da história.

A condução dos acontecimentos é feita através dos pontos de vista de Rosa e Leo, e nos diverte ao mostrar as diferenças entre os pensamentos femininos e masculinos na adolescência.

Além do ótimo elenco jovem, que traz Maísa como Júlia, sua primeira antagonista, o filme também marca a estreia de Fernanda Gentil e da blogueira Bianca Andrade, nas telonas do cinema.

“Ela Disse, Ele Disse” entra em cartaz na quinta-feira, dia 3 de outubro.

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