Durante a coletiva, o diretor do Cenad, Armin Braun, alertou para os cuidados que podem ajudar a diminuir os impactos das fortes chuvas. (Márcio Pinheiro/MIDR)
Durante a coletiva, o diretor do Cenad, Armin Braun, alertou para os cuidados que podem ajudar a diminuir os impactos das fortes chuvas. (Márcio Pinheiro/MIDR)

Defesa Civil Nacional alerta para os cuidados que devem ser tomados com a probabilidade de fortes chuvas no Sudeste do País

Tempestades podem causar deslizamentos e enchentes, principalmente no Rio de Janeiro, até o próximo domingo (24)

SalvarSalvar imagemTextoTexto para rádio

ÚLTIMAS SOBRE DEFESA CIVIL


O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, realizou nesta quinta-feira (21), no Centro Nacional de Riscos e Desastres (Cenad), coletiva de imprensa on-line para informar os cuidados e medidas que a população deve adotar em relação às fortes chuvas que podem atingir a região Sudeste a partir desta sexta-feira (22).

Participaram da entrevista virtual, além da Defesa Civil Nacional, representantes do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden),

Entre as localidades que mais preocupam, estão o estado de São Paulo, na região metropolitana, no Vale do Paraíba e no litoral norte. Já a partir de sábado (23), o estado do Rio de Janeiro também exige atenção, além do Sul e da Zona da Mata de Minas Gerais.

Durante a coletiva, o diretor do Cenad, Armin Braun, alertou para os cuidados que podem ajudar a diminuir os impactos das fortes chuvas. "Nós estamos fazendo reuniões com órgãos federais para chegarmos a um alinhamento, passarmos a situação para os estados e defesas civis municipais para evitarmos maiores problemas. Queremos que haja convergência entre nós, do Governo Federal, para podermos antecipar uma situação crítica, que pode causar deslizamentos”, destacou.

“É importante que os cidadãos fiquem atentos aos alertas das defesas civis dos municípios, procurar as redes sociais dos órgãos de alertas das suas cidades, estados e da gente, enquanto Governo Federal. Também ficaremos atentos e, se for necessário, mandaremos membros da nossa equipe para colaborar com as regiões em que os desastres forem mais críticos”, completou Braun.

A meteorologista e coordenadora-geral do Inmet, Márcia Seabra, também fez uma análise da situação. “Tem uma frente fria severa no Sul do País e ela está se deslocando para a região Sudeste. A partir de amanhã (22), deverá ter um alto acumulado de chuvas no litoral de São Paulo até o estado do Rio de Janeiro, podendo ultrapassar 100 mm por dia. Em alguns pontos, podem chegar até a 200 mm. É importante ficar atento aos alertas da Marinha do Brasil quanto à ressaca do litoral do Rio de Janeiro”, alertou.

Izabelly Costa, integrante da coordenação-geral do Inpe, também participou da coletiva e explicou como o órgão pode ajudar. “Temos várias maneiras de identificar as mais diferentes situações climáticas, mas temos que fazer de uma forma que seja integrada com os demais entes do Governo Federal. O nosso modelo mais próximo aos demais indicam que a chuva ultrapassará os 200 mm no Rio de Janeiro e ficaremos atentos para diminuir os problemas da população”, disse.

Segundo Marcelo Seluchi, meteorologista e coordenador-geral de Operação e Modelagem do Cemaden, uma das grandes preocupações são os deslizamentos que podem ocorrer nas regiões castigadas pelas fortes chuvas. “Estamos trabalhando com a possibilidade de chuvas com nível acima de 200 mm no Rio de Janeiro, podendo causar deslizamentos de terra, com início na sexta-feira à noite. Em São Paulo, podemos ter deslizamentos pontuais, sem ter a possibilidade de descartar a interrupção de algumas rodovias, como a que liga o Vale do Paraíba com o litoral paulista. Há a possibilidade de as fortes chuvas atingirem Minas Gerais, mas a situação mais grave deve ser no Rio de Janeiro até domingo”, enfatizou.

Superintendente da Defesa Civil do Rio de Janeiro, coronel Paulo Nunes relata o que vem sendo realizado no estado. "Nossas equipes já estão no Centro Integrado de Comando e Controle, prontas para permanecer em alerta até tarde da noite do dia 24 para acompanhar os acontecimentos. Estamos em contato com as defesas civis dos municípios, e Cemaden continua monitorando e emitindo alertas e alarmes", contou o superintendente.

“Temos uma equipe nossa no litoral norte de São Paulo, que é onde existe uma maior preocupação da nossa parte, assim como no Vale do Paraíba e na Baixada Santista. Estamos prontos para atender a população, mas esperamos que não seja necessário. Porém, temos que fazer o alerta para minimizarmos a situação e agradecemos ao Governo Federal por todo o suporte”, comentou a major Claudia Bemi, diretora da Defesa Civil de São Paulo.

Orientações

Em áreas de risco, como encostas, por exemplo, é preciso ficar muito atento a qualquer sinal de movimentação do terreno, como trincas e rachaduras em postes e paredes. Se constatado qualquer um desses sinais em áreas de risco de deslizamento ou inundação, é importante contatar a Defesa Civil pelo telefone 199 ou o Corpo de Bombeiros no 193.

‌A Defesa Civil Nacional indica que a população cadastre os telefones celulares, enviando mensagens de texto para o número 40199 com o CEP da região onde mora, para passar a receber alertas por SMS. Além disso, é importante estar sempre atento às informações da Defesa Civil, principalmente dos municípios, que dão a primeira resposta aos desastres.

‌O Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil já está mobilizado, assim como as defesas civis estaduais e municipais, que também vão ajudar a informar a população que reside nas áreas que podem ser atingidas.

Dicas de segurança

*Desligue aparelhos elétricos e quadro geral de energia.

*Em caso de enxurrada ou similar, coloque documentos e objetos de valor em sacos plásticos.

*Em caso de situação de grande perigo confirmada: Procure abrigo, evite permanecer ao ar livre.

*Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).

Fonte: MIDR

Receba nossos conteúdos em primeira mão.