REPÓRTER: A dona de casa Bruna Andrade, de 24 anos, mãe de uma menina de seis anos que estuda na Escola Municipal Alana de Souza Barbosa, no Sideral, em Belém, participou da reunião do projeto “Minha Escola, Meu Refúgio”, da Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes. Bruna recebeu orientações da equipe do Judiciário sobre o combate e prevenção à violência e ao abuso sexual em menores. Ela comenta que as informações alertam os pais sobre essa prática de crimes.
SONORA: Bruna Andrade, dona de casa
“Como foi falado sobre a questão da mudança de comportamento, tem pai que não percebe... eu, como mãe, sempre estou de olho nisso. Então, acho que a gente deve ficar mais atento, em todos os momentos prestar atenção, estar sempre ali, do lado, conversando, orientando, para que não aconteça nada de mais. Eu vejo como uma forma de evitar algo mais grave com os nossos filhos”.
REPÓRTER: A equipe do projeto “Minha Escola, Meu Refúgio” foi recebida por 98 pessoas, entre professores e pais de alunos, da Escola Municipal Alana de Souza Barbosa. A psicóloga Mayra Lopes, da Vara de Crimes contra Crianças e Adolescentes, fala sobre as mudanças de comportamento das vítimas de violência ou de abuso sexual.
SONORA: Mayra Lopes, psicóloga
“Ela fica mais isolada, ela pode ter um prejuízo na escola, ela pode ficar mais agressiva, mais irritada, mais chorona. E aí alguma coisa está errada, a gente só não sabe o quê. Pode ser a violência sexual, pode ser que os pais estejam se separando, então, alguma coisa vai mudar e os sintomas da violência sexual também são esses. A criança vai se isolar, ela fica envergonhada do próprio corpo. Então, a partir de se observar esses sintomas, a gente pode questionar, olhar para a criança com esse olhar de questionamento. E, quando você dialoga com a criança com tranquilidade, você abre portas”.
REPÓRTER: A coordenadora pedagógica da Escola Municipal Alana de Souza Barbosa, Oneide Pojo, ressalta a importância dos esclarecimentos no âmbito escolar.
SONORA: Oneide Pojo, coordenadora pedagógica
“É a escola cumprindo a sua função social mesmo, do esclarecimento, do tirar dúvida, de que as pessoas possam acessar esse tipo de informação, às vezes, tão reservada ao espaço do Judiciário. Porque eu acho também que a gente está instrumentalizando esses pais, está socializando uma informação, está dando elementos para que esses pais consigam proteger melhor as suas crianças”.
REPÓRTER: A Escola Municipal Alana de Souza Barbosa tem 505 alunos, de quatro a seis anos, da educação infantil ao primeiro ano do ensino fundamental. Essa foi 17ª visita realizada pelo projeto “Minha Escola, Meu Refúgio”, do poder Judiciário.
Reportagem, Thamyres Nicolau