Data de publicação: 11 de Março de 2020, 07:48h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:30h
O crescente número de casos de sífilis na cidade do Rio de Janeiro preocupa as autoridades: em 2017, foram cerca de 6 mil casos registrados. Em 2018, o número superou 7 mil casos na capital fluminense, conforme dados do Ministério da Saúde.
Além da sífilis, o estado do Rio de Janeiro registrou mais de 1,6 mil casos de HIV, apenas nos seis primeiros meses do ano passado. Já a Aids, doença causada pelo HIV, atingiu cerca de 98 mil pessoas, nos últimos 20 anos. As hepatites virais mataram mais de quase 8,5 mil, de 2000 a 2017.
Os dados mais recentes do Ministério da Saúde mostram que, em um ano, em todo Brasil, mais de 158 mil pessoas contraíram sífilis. Além disso, cerca de 900 mil pessoas vivem com o HIV, no país. Dessas, 135 mil provavelmente não sabem que têm a doença. De acordo com dados oficiais, a maioria dos casos de infecção pelo HIV é registrada na faixa de 20 a 34 anos, em todos os estados.
O médico da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, Alexandre Chieppe, lembra que qualquer pessoa, diante da suspeita de infecção por ISTs, pode realizar testes rápidos e gratuitos nas Unidades Básicas de Saúde, de toda a cidade e, assim, evitar que as Infecções sexualmente transmissíveis sejam repassadas.
O especialista explica que o público mais vulnerável ao contágio das ISTs são os jovens e ressalta a preocupação com os casos de sífilis durante a gravidez.
“É um público que não viveu o período de grande incidência de Aids, não viu grandes ídolos, pessoas famosas morrerem pela doença. A gente tem uma grande preocupação com a sífilis não só pelo acometimento de pessoas adultas, mas pelas complicações no feto durante a gestação.”
A negligência no uso de camisinha é um dos fatores que pode contribuir para o aumento das ISTs, principalmente entre os jovens, como ressalta o diretor do Departamento de ISTs do Ministério da Saúde, Gerson Pereira.
“Se colocamos o jovem como prioridade nessa campanha é porque a gente sabe, olhando os dados de sífilis, das hepatites, do HIV/Aids, que essas doenças são mais frequentes, hoje, na população de 15 a 29 anos. A prevenção maior dessas doenças é o uso da camisinha.”
Este ano, o Ministério da Saúde pretende distribuir mais de 570 milhões de camisinhas. A quantidade representa um aumento de 12 por cento em relação ao número de camisinhas distribuídas no ano passado, quando foram enviadas 509,9 milhões aos estados.
Além disso, todas as unidades de saúde do SUS contam com testes rápidos ou laboratoriais para ISTs. Apenas para o diagnóstico da sífilis, serão distribuídos quase 14 milhões de testes rápidos em todo país.
Proteja-se! Usar camisinha é uma responsa de todos. Se notar sinais de uma infecção Sexualmente Transmissível (IST), procure uma unidade de saúde e informe-se. Saiba mais em: saude.gov.br/ist. Ministério da Saúde, Governo Federal. Pátria Amada, Brasil.