CÂNCER DE BOCA: o que é, sintomas e tratamento
Neste episódio a Dra. Natalia Andrade dá mais detalhes sobre o assunto
Seu navegador não suporta áudio HTML5
Seu navegador não suporta áudio HTML5
Seu navegador não suporta áudio HTML5
Você conhece alguém que já teve câncer de boca? Sabe como reconhecer e se prevenir dessa doença? Neste episódio a Dra. Natalia Andrade dá mais detalhes sobre o assunto.
A primeira informação que você deve saber é: quando suspeitar que sua ferida na boca pode ser um câncer de boca?
Principais sinais e sintomas
- Feridas na boca (que inclui língua, gengiva e palato, popularmente conhecido por céu da boca) e também nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias e que tenham crescimento progressivo ou sangramentos.
- Manchas vermelhas ou esbranquiçadas persistentes;
- Dor ou dificuldade para falar, mastigar ou engolir;
- Nódulos no pescoço.
Se tiver qualquer um desses sintomas você deve procurar um médico, principalmente se fizer parte dos grupos de risco para ter a doença, que são os fumantes, os consumidores frequentes de bebida alcoólica e as pessoas que se expõem ao sol sem proteção.
Diagnóstico
A suspeita diagnóstica é feita durante o exame clínico, mas a confirmação depende da biópsia. A biópsia consiste em retirar um pedaço pequeno do lugar suspeito e enviar esse tecido para o médico patologista. O patologista olha as células desse tecido e emite o diagnóstico de câncer ou outra lesão. Na grande maioria das vezes esse procedimento pode ser feito de forma ambulatorial, com anestesia local. Certos exames de imagem, como a tomografia computadorizada ou a ressonância nuclear magnética, são importantes principalmente para avaliar a extensão do tumor. Quanto mais precoce o diagnóstico e o tratamento, melhores são as chances de cura!
Tratamento
Na grande maioria das vezes o tratamento é cirúrgico, tanto para lesões menores como para tumores maiores. A cirurgia contempla a retirada do tumor e linfonodos da região do pescoço. Em uma parcela dos casos, haverá a necessidade de algum tipo de reconstrução do defeito cirúrgico, visando a funcionalidade da região acometida. Nos casos mais complexos, além do tratamento cirúrgico, é necessária a realização de radioterapia (com ou sem quimioterapia), após a ressecção do tumor, para complementar o tratamento e obter melhor taxa de cura.
O risco de desenvolver esta neoplasia pode ser reduzido atuando junto aos seguintes fatores de risco:
- Suspender ou limitar o fumo e o álcool
- Realizar higiene oral com frequência
- Usar dentaduras bem adaptadas: as próteses (ou dentaduras) que não se encaixam corretamente levam a áreas de trauma contínuo na mucosa oral. Este fator aumenta o risco de desenvolver câncer de boca.
- Reduzir a exposição à luz ultravioleta. A radiação ultravioleta é um fator de risco importante e evitável para o câncer de lábio. Diminuir o tempo de exposição aos raios ultravioleta, procurar usar chapéu, protetor solar e protetor labial com FPS 30 ou superior são medidas protetivas importantes.
- Tratar lesões pré-cancerígenas. Áreas de leucoplasia (mancha branca) ou eritroplasia (mancha avermelhada) na boca são consideradas lesões pré-cancerígenas. A remoção dessas áreas diminui o risco de desenvolvimento de um câncer em alguma outra área da boca, mas não impede.
Portanto, se você tiver qualquer um dos sintomas que eu falei, e principalmente se fizer parte do grupo de risco, não deixe de procurar um médico, de preferência um cirurgião de cabeça e pescoço.
Para saber mais detalhes sobre o assunto, assista ao vídeo no canal Dr. Ajuda.