CAMPINA GRANDE (PB): Famílias de bebês com microcefalia vão receber kits multissensoriais para complementar o tratamento

120 crianças de Campina Grande vão ser beneficiadas pelo projeto e poderão desenvolver em casa a parte sensorial

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LOC: As famílias de bebês com microcefalia que moram em Campina Grande vão receber kits multissensoriais para complementar o tratamento da doença em casa. São dez objetos, quase todos feitos com material reciclável, que vão estimular a visão, a audição, a coordenação motora, o tato e a parte cognitiva da criança, que envolve o pensamento, a linguagem, a percepção, a memória e o raciocínio. Esta iniciativa é do Ministério da Saúde em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância, a UNICEF, e outras instituições. Segundo a chefe do programa de sobrevivência e desenvolvimento infantil do UNICEF, Cristina Albuquerque, cento e vinte crianças de Campina Grande vão ser beneficiadas pelo projeto e poderão desenvolver em casa a parte sensorial. De acordo com ela, dependendo do sucesso deste projeto piloto, ações semelhantes a esta poderão ser implementadas em outros municípios do Brasil e até no exterior.

SONORA: “Esta intervenção que está sendo implementada em Campina Grande, vai ser avaliada para ser disponibilizada para outros municípios aqui do Brasil e até para outros países. Todos os técnicos da rede estão sendo treinados, capacitados para trabalhar com estas crianças, inclusive incluindo-as em creches e em todos os programas da assistência social aos quais elas tem direito por lei”.

LOC: Neste ano, Campina Grande registrou 16 casos de microcefalia. Além dessas crianças, outros bebês nascidos em locais próximos também são atendidos no município. Segundo a fisioterapeuta Jeime Leal, estas famílias costumam ir ao ambulatório duas vezes por semana. Nos outros dias, fazem o complemento do trabalho em casa.

SONORA: “Nós fazemos fisioterapia, terapia ocupacional... tem alongamento, mobilização, diversas atividades de coordenação, estimular os marcos que elas não conseguem alcançar ou que vão ter atrasos. Os dias que elas não estão no ambulatório elas dão continuidade em casa”.

LOC:
Campina Grande foi escolhida para receber o projeto por registrar altos índices de infecção pelo Zika e está entre os municípios mais afetados pelo recente surto de microcefalia no Brasil. É importante lembrar que apenas quinze minutos de vistoria são suficientes para manter o ambiente livre do mosquito que transmite o Zika, e também a Dengue e a Chikungunya . Plantas, lixeiras, baldes, ralos, calhas, garrafas, pneus, brinquedos e até tampinhas de refrigerante podem ser os vilões e servir de criadouros para as larvas do mosquito. Para saber mais sobre as doenças e formas de combater a Dengue, Zika e Chikungunya, acesse o site saude.gov.br/combateaedes.

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