Em abril deste ano, a secretária Denise Borges foi acometida pela Chikungunya. Casada e mãe de dois filhos, a moradora do Cruzeiro Velho, começou a sentir dores no corpo, dor de cabeça e febre alta. Dengue foi o resultado do primeiro diagnóstico. Denise ficou de atestado por sete dias, mas com o agravamento dos sintomas e o aparecimento de pequenas manchas vermelhas no corpo, precisou voltar ao hospital. Após repetir os exames, foi constatada a Chikungunya.
“Você sente muita dor no corpo, você não tem vontade de comer nada. É uma dor assim, que eu não desejo pra ninguém, porque é muito ruim mesmo. Só quem já passou sabe, e não quer nunca mais ter isso.”
De acordo com o diretor de Vigilância Ambiental em Saúde da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Denilson Magalhães, em 2016, foram registrados 335 casos de Zika no DF, este ano o número caiu para 63. Em relação à Chikungunya, no ano passado foram registrados 392 casos e em 2017, 119. Essa redução também foi observada nos casos de Dengue tipo 1. Entretanto, o diretor afirma que aumentou a circulação do vírus da Dengue tipo 2.
“A gente observou que esse ano, nós tivemos um número bem maior de Dengue tipo 2 circulando no Distrito Federal, em relação ao ano passado. Esse é um número que nos deixa mais preocupado porque a Dengue tipo 2, ela pode evoluir na forma mais grave da doença, né? O que os estudos apontam pra gente é que, a partir do momento que você adquire o vírus tipo 1, você cria imunidade pra ele. Se você voltar a ter Dengue, você pode ter o tipo 2, 3 ou 4.”
O diretor de Vigilância Ambiental em Saúde explica que o principal trabalho da Secretaria é conscientizar a população sobre a importância de não deixar que o mosquito nasça. Essa é a melhor forma de evitar as doenças transmitidas pelo vetor. Para isso, é importante que cada um faça a sua parte e fiscalize possíveis criadouros.
“Nós recomendamos que a população tire, pelo menos uma vez por semana, dez minutos do seu tempo para fazer inspeção do seu domicílio. Olhar a calha, olhar se não tem cesto de lixo aberto acumulando água. Se tem algum balde, algum recipiente acumulando água. Se a caixa d’água tá bem vedada, se tá bem fechada. Vasos de planta, principalmente os pratos de planta, se eles estão com areia. Essa é a recomendação que nós estamos fazendo. E que toda população precisa se envolver e participar dessa grande mobilização de enfrentamento ao Aedes.”
Lembre-se de que um mosquito pode prejudicar uma vida. E o combate começa por você. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/combateaedes.