Foto: Diulgação/Colégio Estadual Professora Helena Kolody
Foto: Diulgação/Colégio Estadual Professora Helena Kolody

Atentado no Paraná: especialista em segurança defende melhor treinamento para se evitar crimes nas escolas

Carlos Massa Júnior, governador do Paraná, decretou luto e suspensão das aulas. Ele também defendeu melhor treinamento de profissionais para desarmar potenciais assassinos de estudantes

SalvarSalvar imagemTextoTexto para rádio

Depois do atentado na escola em Cambé (PR), que matou  uma estudante e deixou outro gravemente ferido, nessa segunda-feira(9),  provocando revolta na população,  o especialista em segurança pública Antônio Testa advertiu que as autoridades municipais precisam garantir às unidades escolares providências preventivas. Como exemplo, defendeu a instalação de sistema de raios x, além de cobrar a aprovação de leis que garantam a averiguação de sacolas e bolsas, nas quais possam ser carregadas armas ou objetos perigosos  à segurança de todos  que frequentam as escolas, alunos e profissionais.

Ao defender maior eficiência do Estado no combate à a violência nas escolas, o especialista alertou sobre a gravidade desses casos e o clima de medo generalizado que eles provocam. "Esse tipo de atentado causa principalmente pânico na sociedade. As famílias ficam extremamente preocupadas porque seus filhos estão nas escolas e evidentemente poderiam se tornar vítimas desse processo”, enfatiza. O governador do Paraná, Ratinho Júnior, também  pregou a necessidade de treinamento  de pessoas qualificadas, como seguranças,  para atuarem no desarmamento  dos  criminosos, que atacam as escolas.

Desde o primeiro ataque registrado em escolas no Brasil, foram contabilizados 24 atentados que resultaram em 137 vítimas, sendo 45 fatais. O primeiro atentado foi registrado em 2002, onde um estudante de 17 anos matou uma colega e feriu outra a tiros em uma escola em Salvador (BA). O caso mais recente ocorreu nessa segunda-feira (19) no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no norte do Paraná.

O crime na escola  paranaense, que abalou o país, ocorreu por volta das 9h,  Um ex-aluno de 21 anos foi à secretaria buscar documentos escolares. Após isso efetuou pelo menos 12 disparos, o que ocasionou a morte da estudante de 16 anos, Karoline Verri Alves e deixou o aluno Luan Augusto, também da mesma idade, gravemente ferido. Junto ao autor do crime, foram apreendidos uma machadinha, carregadores de revólver e uma arma.

Dor e revolta

Na mesma manhã dos crimes, o governador do Paraná Carlos Massa Júnior, conhecido como Ratinho Júnior,  decretou luto oficial de três dias e lamentou profundamente o ocorrido. Durante coletiva de imprensa, o governador se mostrou revoltado  com o ocorrido e reforçou a importância do ensinamento de práticas de treinamentos de segurança para os profissionais que atuam nas escolas. “A informação que nós tivemos é que o professor que conseguiu mobilizar esse ex-aluno que cometeu essa tragédia, foi um professor que passou pelo treinamento de segurança pública que nós fizemos há 60/90 dias”, explica.

O comunicador da rádio de Cambé, Rota 61, Jean Lessa, tem uma filha de 8 anos que estuda na escola em que ocorreu a agressão. Ele afirmou à reportagem do Brasil 61 que os alunos estão com medo de voltar à escola e  os pais e familiares  muito revoltados com o ocorrido. Segundo  criticou o radialista, há falta de policiamento nas escolas durante o período de aulas.

O nome do autor do crime não foi divulgado, porém  ele foi detido durante o atentado e levado para a delegacia de Londrina (PR). As aulas das escolas  de Cambé foram suspensas até terça-feira (20), enquanto as aulas da escola em que ocorreu o atentado foram suspensas a semana toda, com retorno previsto para a segunda-feira (26).

Veja Mais:

Paraná: vendas no comércio crescem 1,6% nos primeiros quatro meses do ano

Rio Grande do Sul mantém vigilância sobre casos de febre maculosa, doença perigosa transmitida por carrapato

Receba nossos conteúdos em primeira mão.