Data de publicação: 27 de Julho de 2022, 12:20h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:35h
O Ministério da Economia divulgou recentemente a arrecadação total das receitas federais de R$ 181,04 bilhões em junho. Esse é o melhor desempenho para o mês já registrado desde 1995. Já descontada a inflação medida pelo IPCA, o número representa um crescimento de 17,96% em relação a junho de 2021.
Ainda segundo a pasta, a arrecadação do primeiro semestre deste ano fechou em R$ 1,09 trilhão. O aumento de junho pode ser explicado, principalmente, pelo crescimento dos recolhimentos do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), segundo o Banco Central.
Ambos os recolhimentos totalizaram uma arrecadação de R$ 34,2 bilhões em junho, com crescimento real de 37,47%. Já no acumulado do ano, eles somam R$ 258.5 bilhões. Para Julio Cesar Vieira Gomes, secretário especial da Receita Federal, esses resultados foram acima do esperado.
“Realmente, os números de junho deste ano de 2022 são surpreendentes. É um recorde em uma série histórica bem longa. Nós conseguimos um recorde de arrecadação tanto para todas as receitas federais, onde inclui também os tributos, mas, especialmente, naquelas receitas que são administradas pela Receita Federal”, avaliou.
Outro destaque veio dos recolhimentos atípicos de R$ 26 bilhões, especialmente por empresas ligadas à exploração de commodities, de janeiro a junho deste ano. Na visão do ministro da Economia, Paulo Guedes, os lucros das empresas foram essenciais para os números positivos.
“O grande vetor desse aumento de arrecadação foi exatamente os lucros das empresas, que vieram bem acima do que estava previsto e acima da arrecadação feita em bases estimadas ao longo de 2021. Isso confirma as nossas previsões de que o crescimento brasileiro ia surpreender. Nós começamos o ano com previsões de que o PIB ia cair menos de 1,5%. E agora as previsões já estão em torno de um crescimento de 2%”, calculou.
O levantamento também registrou arrecadação de R$ 15,2 bilhões do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF) - Rendimentos de Capital, com acréscimo real de 97,42%. No primeiro semestre como um todo, essa arrecadação do IRRF foi de R$ 43,9 bilhões, com acréscimo real de 62,82%. Já a Receita Previdenciária teve arrecadação de R$ 44.5 bilhões em junho, com acréscimo real de 10,8%.