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Após pesquisas e investimentos de R$ 50 milhões nos últimos sete anos, a Vale desenvolveu areia com qualidade comercial para o mercado da construção civil. A partir de adequações na operação de minério de ferro em Minas Gerais, o material arenoso, que antes era descartado em pilhas e barragens, passou a ser processado e transformado em produto, seguindo os mesmos controles de qualidade da produção de minério de ferro. Cada tonelada de areia produzida representa uma tonelada a menos de rejeito gerado.
Apenas em 2021, a Vale processou cerca de 250 mil toneladas de areia, destinadas à venda ou doação para uso em concretos, argamassas, pré-fabricados, artefatos, cimento e pavimentação rodoviária. “Esta ação promove a economia circular dentro das nossas unidades e reduz o impacto da disposição de rejeitos para o meio ambiente e a sociedade, além de ser uma alternativa confiável para a indústria da construção civil, que possui uma alta demanda por areia”, comenta Marcello Spinelli, vice-presidente executivo de Ferrosos da Vale.
A Areia Sustentável é considerada um coproduto do processo de produção do minério de ferro. O material extraído da natureza, na forma de rochas, passa por diversos processos físicos na usina de beneficiamento, como britagem, classificação, moagem e concentração, para se obter o minério de ferro.
A Vale introduziu a Areia Sustentável na fase de concentração, onde o subproduto desse processo é novamente beneficiado até atingir a qualidade necessária para se tornar areia de uso comercial. A areia resultante do tratamento de minério de ferro é um produto 100% legal, com alto teor de sílica e baixo teor de ferro, além de alta uniformidade química e granulométrica. Segundo Jefferson Corraide, gerente executivo do Complexo Brucutu e Água Limpa, a areia não apresenta características perigosas em sua composição.
“O processamento mineral para obtenção da areia é essencialmente físico, não alterando a composição dos materiais, portanto o produto não é tóxico”, afirma Corraide.
A Areia Sustentável da Vale foi aplicada em concreto e argamassa, além de ser atestada recentemente pelos laboratórios especializados Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Falcão Bauer e ConsultareLabCon. A mineradora já fechou fornecimento de mais de 1 milhão de toneladas de areia para venda ou doação em 2022.
Os compradores são empresas com atuação em Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e no Distrito Federal. A estimativa é que em 2023 esse número chegue a 2 milhões de toneladas. “Estamos nos preparando para escalar ainda mais a destinação de areia a partir de 2023. Para isso, estamos com um time de profissionais dedicados para este novo negócio e adequando nossas operações para atender às necessidades do mercado”, explica Rogério Nogueira, diretor de Marketing de Ferrosos da Vale.
Atualmente, a Vale está produzindo areia para comercialização e doação na Mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo (MG). “As nossas minas no estado fornecem um material arenoso rico em sílica que pode ser aplicado em diversas indústrias. Estamos trabalhando com diversas instituições, entre universidades, centros de pesquisa e empresas brasileiras e estrangeiras, para o desenvolvimento de novas soluções que aproveitem o rejeito do minério de ferro”, destaca André Vilhena, gerente de Novos Negócios da Vale.
Além de utilizar a infraestrutura existente nas minas de minério de ferro, a Vale conta com a rede ferroviária e rodoviária já desenvolvida para escoar a areia para os mercados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Distrito Federal. “Nosso foco principal, com essa atividade, é a sustentabilidade das nossas operações de minério de ferro, minimizando o passivo ambiental, além de buscar o fomento de emprego e renda por meio de novos negócios”, finaliza Vilhena.
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