O Amazonas lidera a área total com seca de abril, de acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). No Brasil, entre março e abril, a área com o fenômeno aumentou de 3,38 milhões de quilômetros quadrados para 3,68 milhões de km², o equivalente a 43% do território brasileiro.
Imagem: Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
Apesar disso, na comparação entre março e abril, o Amazonas teve uma diminuição da área da seca de 53% para 41%. Essa é a menor área no estado desde sua entrada no Mapa do Monitor, em dezembro de 2022.
De acordo com Andrea Ramos, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), não existem estações bem definidas na região Norte, como primavera, outono e inverno. O que é notado são períodos mais chuvosos, entre janeiro e maio, e menos chuvosos, que deverão seguir pelos próximos meses.
Para Mamedes Luiz Melo, também meteorologista do INMET, nos próximos dias, há possibilidade de chuvas isoladas devido à migração de uma frente fria, mas nos próximos meses, o fenômeno do El Niño irá afetar a umidade da região e provocará secas. “Nos meses de julho e agosto, no estado do Amazonas, ou grande parte da região Norte, as chuvas serão poucas e consequentemente, a temperatura se elevar”, aponta Melo.
O meteorologista associa o fenômeno ao que aconteceu em 2015 e 2016, quando o El Niño trouxe impactos principalmente para a locomoção por rios, já que muitos secaram nesse período. Segundo Melo, isso poderá acontecer novamente a partir de setembro.
“Os rios começam começam a secar e isso pode também, de uma certa forma, trazer algum impacto em termos de economia e também na agricultura. Principalmente nas pessoas que são conhecidas como os ribeirinhos”, alerta o meteorologista.