
ACRE: Condição ruim das estradas impede crescimento do agronegócio
Segundo a CNT, mais de 500 km de rodovias no estado têm problemas como falta de sinalização, erosão na pista e até queda de pontes
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Segundo a CNT, mais de 500 km de rodovias no estado têm problemas como falta de sinalização, erosão na pista e até queda de pontes
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Com mais de 90% das estradas do Acre em condições consideradas péssimas, a falta de planejamento e de estrutura são apontados como principais problemas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes do estado.
É o caso, por exemplo, da BR-364, terceira maior rodovia federal do país. Só no Acre, ela tem uma extensão de mais de 750 km de estradas pavimentadas. Entretanto, os motoristas reclamam da péssima qualidade do asfalto, erosão na pista e até queda de pontes no trecho de 400 km que liga as cidades de Cruzeiro do Sul e Manoel Urbano. Os dados fazem parte de um levantamento da Confederação Nacional de Transporte (CNT).
O superintendente do DNIT no Acre, Thiago Caetano, aponta que a baixa qualidade das estradas prejudica, inclusive, a economia local. Ele cita como exemplo o tabelamento do frete, que acaba sendo maior no estado por conta do impacto no preço final do produto a ser transportado. O setor que mais sofre com isso, segundo Caetano, é o agronegócio.
“Tem problema de dificultar a própria questão de implantar uma economia voltada para o agronegócio. Sem infraestrutura, sem possibilidade de ter um real escoamento da produção fica muito difícil falar de ampliação de produção no estado. Então, um dos pontapés iniciais para alavancar o agronegócio é justamente ter uma infraestrutura adequada para isso”.
Em ano de eleição, o tema ganha destaque entre as propostas dos presidenciáveis. Henrique Meirelles, candidato pelo MDB, avalia que é preciso trazer maior mobilidade com sistemas de transporte que vão além do rodoviário.
“É fundamental nós transformarmos o Brasil em um canteiro de obras. De maneira que o agronegócio possa ter um transporte mais rápido e de menor custo. E ao mesmo tempo, não usar somente as estradas, mas as ferrovias, que tem um sistema mais eficiente para transportar grandes quantidades. E temos que explorar a grande vantagem do Brasil, que é a hidrovia, que é o sistema mais barato que existe de transporte”.
Durante fórum realizado em São Paulo, outros candidatos apresentaram propostas para a área de infraestrutura.
Marina Silva defendeu a realização de parcerias do poder público com a iniciativa privada.
Alckmin defendeu uma política de ajuste fiscal, com capacidade de investimento, e citou privatizações, concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs) como meios para ajustar as contas públicas.
Ciro Gomes afirmou que é possível retomar dois terços das obras paralisadas no país com medidas simples. Segundo ele, “dá para a gente ativar mais de 7 mil obras com conversa com juiz e normativas de menor hierarquia”.
Reportagem, Juliana Gonçalves
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