ZIKA : Força conjunta de três laboratórios busca tratamento para o vírus que atrapalha desenvolvimento do cérebro

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REPÓRTER: Cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, da Universidade de Campinas e do Instituto D'Or apresentaram na Academia Brasileira de Ciências, no Centro do Rio, detalhes de uma pesquisa conjunta sobre a relação entre o vírus zika e a microcefalia. A pesquisa começou em fevereiro e analisa medicamentos que podem proteger o cérebro do feto quando ele é exposto ao vírus. De acordo com neurocientista Stevens Rehen, do Instituto D'Or e da UFRJ, as equipes trabalham com medicamentos usados em outras situações, mas que podem ser aplicados em mulheres grávidas. Segundo ele, o teste de novos medicamentos é mais demorado e exigiria aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, e outras burocracias necessárias para a liberação. Rehenn acrescentou que testar remédios que já estão no mercado atende à urgência do país em descobrir tratamento para o vírus zika.  De acordo com os pesquisadores, dez remédios já foram testados e um deles apresenta resultados promissores. A equipe também pretende testar o impacto de diferentes tipos de dieta na saúde das gestantes para saber se a alimentação também pode ser usada como tratamento. O estudo, considerado fundamental para a compreensão da relação entre zika e microcefalia mostrou que o vírus é capaz de atacar as células do cérebro e reduzir em 40 por cento o desenvolvimento do órgão.

 

Reportagem, André Giusti

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