VIOLÊNCIA: Judiciário debate métodos de solução de conflitos

Na programação da campanha “Justiça pela Paz em Casa, Nossa Justa Causa”, o Judiciário paraense apresentou a palestra sobre “Constelação Sistêmica como meio de autocomposição de conflitos”. O método já é utilizado pelo Tribunal de Justiça de Goiás. 

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REPÓRTER: A advogada Patrícia Rocha participou de uma Constelação Sistêmica, que é um método usado para analisar as emoções e solucionar conflitos. Ela havia perdido o irmão. A advogada relata a experiência com a metodologia.

 
SONORA: Advogada, Patrícia Rocha.
 
“É como se você abrisse uma janela da tua vida e tu assistes de fora. Dá a oportunidade de acontecerem reflexões que você, às vezes, sozinho não consegue. Você fica amarrado nas suas autocríticas e não consegue enxergar. E funciona, foi algo que me fez muito bem. Acho que é uma ferramenta a mais para a gente encontrar a solução de conflitos. Quanto mais ferramentas nós tivermos como operadores do direito, melhor para a sociedade”.
 
REPÓRTER: Na programação da campanha “Justiça pela Paz em Casa, Nossa Justa Causa”, o Judiciário paraense apresentou a palestra sobre “Constelação Sistêmica como meio de autocomposição de conflitos”. O método já é utilizado pelo Tribunal de Justiça de Goiás. A especialista em Terapia Sistêmica – Constelação Familiar, Iná Mendes, debateu o tema e comenta como a prática seria usada para solucionar conflitos na área de violência doméstica.
 
SONORA: Especialista em Terapia Sistêmica – Constelação Familiar, Iná Mendes.
 
“Então, no caso, você traria o autor da agressão e a vítima, eles também seriam convidados, explicados para entrar em uma dinâmica de constelação, eles participarão dessa dinâmica e ela vai poder perceber a causa dessa não atitude dela, dessa inação dela diante de uma violência e qual é a causa dele agredir. A constelação ela veio como uma vertente de terapia breve. Você observa onde o sistema está com alguma desordem, você impulsiona que o sistema volte, entre em equilíbrio, entre em ordem novamente.”.
 
REPÓRTER: Outra palestra foi sobre “Justiça Restaurativa como oportunidade de pacificação social na Justiça Criminal”. No Pará, a prática restaurativa se iniciou em 2011 e a metodologia é desenvolvida nas Comarcas de Belém, Ananindeua, Paragominas e Santarém. Na 4ª Vara de Infância e Juventude de Belém já foram realizados 231 procedimentos. A servidora do Judiciário paraense, France da Cruz, destaca os benefícios da Justiça Restaurativa.
 
SONORA: Servidora do Judiciário paraense, France da Cruz.
 
“Ela tem um foco nas relações, nos relacionamentos. Então, algo, um fato, um crime acontecido, ele gera consequências para além do material, muitas vezes para a questão física, o lado emocional. Então, a Justiça Restaurativa ela é uma proposta que a gente pode colocar como completar ou alternativa ao processo judicial. Não concorre no sentido de substituição. O grande objetivo da Justiça Restaurativa é reparar o dano causado e isso pode vir a ter um impacto muito positivo na questão da reincidência. A gente procurar evitar a reincidência no cometimento de atos infracionais, de crimes, de geração de conflitos”.
 
REPÓRTER: A campanha “Justiça pela Paz em Casa” vai encerrar dia 8 de agosto, com uma ação de cidadania voltada para as mulheres na Unidade Integrada do ProPaz na Terra Firme, com vacinação contra hepatite B, atendimento médico, testes rápidos para HIV e hepatite, expedição de documentos e atendimentos jurídicos.
 
Reportagem, Thamyres Nicolau
 

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