VALENÇA (RJ): Somente 3% das meninas entre 11 e 13 anos tomaram segunda dose da vacina contra HPV

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REPÓRTER: O vírus do HPV é a principal causa do câncer do colo de útero, que é terceiro tipo mais comum entre as mulheres do País. O Instituto Nacional do Câncer espera que somente em 2015 ocorram cerca de 1340 novos casos do câncer no estado do Rio de Janeiro. A forma mais eficaz e segura de prevenir a doença é a vacinação. Somente três por cento das jovens entre 11 e 13 anos da cidade de Valença, no sudeste do estado, tomaram a segunda dose contra o HPV. Alguns mitos e boatos divulgados pelas redes sociais e pela imprensa estão prejudicando a procura das meninas pela imunização. De acordo com o ministério, a vacina pode causar pequenos efeitos adversos, como dor no local da aplicação e em casos raros febre e dor de cabeça. O secretário de vigilância em Saúde do ministério da saúde, Jarbas Barbosa, afirma que a vacinação foi testada e usada no mundo inteiro e garante que é segura.
 
SONORA: Secretário de vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
 
“Vamos lembrar que essa vacina já é usada em mais de cem países do mundo, essa vacina tem mais de 50 milhões de doses aplicadas na Europa, nos Estados Unidos. É recomendada essa vacina porque é uma vacina eficaz para prevenir o câncer de colo de útero e é uma vacina segura. Nós não tivemos nenhuma reação grave associada a essa vacina no Brasil, como não houve em nenhum lugar do mundo. Há reações adversas, como em qualquer produto injetável, reações alérgicas, reações locais. Isso é infinitamente menor do que os grandes benefícios que essa vacina pode produzir”.
 
REPÓRTER: O HPV é altamente contagioso e de acordo com o ministério da Saúde pode ser transmitido com uma única exposição ao vírus, como de contato direto com a pessoa infectada. O secretário de vigilância em Saúde do ministério da saúde, Jarbas Barbosa alerta que as jovens que tomaram a primeira dose devem tomar a segunda para ficarem imunes ao vírus.
 
SONORA: Jarbas Barbosa, secretário de vigilância e saúde do Ministério da Saúde
 
“As famílias não podem perder essa oportunidade e não devem dar ouvidos a boatos de redes sociais, a boatos que não tem nem comprovação no Brasil e nem em qualquer lugar do mundo. É muito importante que as meninas que tomaram a primeira dose tomem à segunda. A proteção só está completa quando ela toma a segunda dose e cinco anos depois ela toma o reforço e as meninas de nove a 11 anos, em 2015, começar a vacinar para que a gente tenha a mortalidade por câncer de colo de útero reduzida de maneira drástica em nosso país”
 
REPÓRTER: As jovens de Valença devem tomar a imunização nos 25 postos de saúde da cidade. A vacina é gratuita, segura e previne contra o câncer do colo de útero. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira de oito da manhã até às cinco da tarde. As adolescentes não precisam da autorização dos pais, é preciso apenas se apresentar nas unidades de saúde com a caderneta de vacinação ou documento de identidade. A jovem que não tomar a segunda dose não vai estar imune ao vírus.
 
Reportagem, Rodrigo Nunes

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