TRABALHO: Setor de serviços sofre com déficit de jovens aprendizes

TRABALHO: Setor de serviços sofre com déficit de jovens aprendizes

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REPÓRTER: Uma das áreas que mais emprega no país, o setor de serviços, está com falta de mão de obra jovem. Desde a aprovação da lei de aprendizagem, em 2005, as empresas encontram dificuldades em cumprir a cota estabelecida pela legislação e podem ser até multadas. De acordo com entidades do setor, a falta de interesse no ramo, entre os adolescentes de 14 a 24 anos, é o principal obstáculo encontrado pelas empresas.  Os cargos que mais faltam jovens aprendizes são os de comprador, vendedor, mecânico e eletricista. Seguidos de coordenador, motoristas e operadores de máquina. De acordo com a CEO de uma empresa de recrutamentos de alcance nacional, Helena Ribeiro, a falta de profissionais dessa faixa etária resulta da falta de especialização.

SONORA: CEO – Helena Ribeiro

"Esse jovem que a gente chama de geração Y, ele está estudando mais. Isso é bom para o Brasil, a gente percebe que vamos ter uma mão de obra mais instruída. Nós estamos vendo que eles estão estudando mais tempo do que antigamente. Cresceu o tempo de estudo. Eles vão para o ensino superior. Eles querem se especializar. E querem ganhar muito bem. Ninguém está indo para o serviço manual."

REPÓRTER: De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, até o mês passado 127 mil jovens foram admitidos nas empresas do país. Mas, menos de 40 por cento deles vão para o setor de serviços. O superintendente educacional do Centro de Integração Empresa-Escola, Eduardo de Oliveira, afirma que o instituto está investindo em programas para diminuir essa deficiência de profissionais jovens.

SONORA: superintendente educacional – Eduardo de Oliveira

"Não só o aprendiz, programa de aprendizado, que nós fazemos. Mas também programas de estágios que o CIEE atua já há 50 anos. O aprendiz já há pouco mais de 10 anos, mas o estágio há mais de 50 anos, também na lei do estágio."

REPÓRTER: O setor de serviços é um dos que mais contratam, junto com a indústria. Os dois setores representam mais de 50 por cento do total de admissões de jovens aprendizes. Para ser um jovem aprendiz, o estudante tem que ter entre 14 e 24 anos e estar matriculado em escolas públicas ou particulares. Mais informações no site do Ministério do Trabalho que é o portal.mte.gov.br

Reportagem, Victor Maciel

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