TRABALHO INFANTIL: Crianças e adolescentes apresentam artes no combate a exploração

O Fórum Paraense de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção do Trabalho ao Adolescente, do qual o Tribunal de Justiça do Pará faz parte, promoveu o 1º Concurso de Produção Artística de Combate ao Trabalho Infantil, nesta segunda-feira, 12, no Centro Integrado de Inclusão e Cidadania, em Belém.

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REPÓRTER: O Fórum Paraense de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção do Trabalho ao Adolescente, do qual o Tribunal de Justiça do Pará faz parte, promoveu o 1º Concurso de Produção Artística de Combate ao Trabalho Infantil, nesta segunda-feira, 12, no Centro Integrado de Inclusão e Cidadania, em Belém. No total, 545 trabalhos de músicas, textos e pinturas de crianças e adolescentes da rede estadual de ensino fundamental foram selecionados à premiação. A ação é importante para dar oportunidade à sensibilidade crítica e artística das crianças em relação ao trabalho infantil, ressaltou o produtor e jornalista Marcelo Damaso, um dos artistas convidados para participar do júri.
 
SONORA: Marcelo Damaso – Produtor e Jornalista
“Chamaram uma comissão artística, eu e mais duas pessoas, para ouvir os trabalhos e julgar. Todas as crianças como sempre, muito fies ao tema. Elas desenvolveram bem o tema e teve alguns trabalhos mais originais e outros não, mas o mais importante é que esse trabalho de ter que fazer uma criação, compor a música em cima de um tema, eu acho que a criança acaba assimilando ainda mais o assunto e tendo uma consciência muito maior”
 
REPÓRTER: Uma comissão composta por integrantes do Fórum, fez uma pré-avaliação dos trabalhos em relação à pertinência ao tema. Ao total, 381 desenhos e pinturas, 9 músicas e 155 produções textuais foram classificados à premiação. A Coordenadora da Proteção Social Especial de Média Complexidade da Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Renda do Estado, Norma Miranda Barbosa disse que o objetivo do concurso é dar voz a quem vive o problema do trabalho infantil, que são as crianças.
 
SONORA: Norma Miranda Barbosa – Coordenadora da SEASTER
“Nosso grande objetivo hoje é fazer com que essa criança, esse adolescente, que convive com essa situação de trabalho infantil, com essa violação de direito, ela possa dizer e se expressar através da arte - que foi o que nós tentamos fazer – que é a música, o desenho, a pintura e a redação. O que é o trabalho infantil pra ela? Como ela ver isso dentro da escola? Dentro da família? Dentro da comunidade?”
 
REPÓRTER: O vencedor da categoria Produção Textual foi o estudante David Gabriel da Silva Correa, matriculado na escola Rosalina Álvares Silva Cruz.  O prêmio para a categoria Pintura e Desenho foi entregue a Mateus Jesus da Penha, estudante do Barão do Rio Branco. Na categoria Produção Musical, o prêmio foi dado à estudante Paloma da Silva Farias, aluna do Rui Barbosa. A estudante Gabriela Lopes foi uma das premiadas na categoria música e falou sobre a alegria de poder dar um recado claro contra o trabalho infantil por meio de uma paródia.
 
SONORA: Gabriela Lopes – Estudante
“O objetivo da parodia fala que criança não deve trabalhar, fala sobre nossos jovens sendo vitima da exploração, sobre o trabalho de crianças”
 
REPÓRTER: O evento terminou com a entrega de premiações para os ganhadores. Os três vencedores em cada categoria receberam smartphone para o terceiro colocado, tablet para o segundo colocado e um notebook para o primeiro lugar. Houve também apresentação do grupo de Arte e Cultura da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará - Fasepa -  e da cantora paraense Lia Sophia.
 

Reportagem Diego Leandro

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