SP: Mais de 170 mil pessoas tiveram Dengue, vírus Zika ou Chikungunya neste ano

Com a experiência dolorosa, a estudante, que mora em Franca, dobrou os cuidados com o mosquito que também transmite o vírus Zika e a febre Chikungunya. 

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LOC: A estudante Isadora Cezarino estava na escola quando percebeu que estava com manchas vermelhas por todo o corpo. Foi ao hospital e o exame foi certeiro: estava com Dengue. No dia seguinte, os sintomas pioraram. Fortes dores por todo o corpo e na cabeça. Isadora vomitou e precisou tomar remédio para a coceira das manchas. Com a experiência dolorosa, a estudante, que mora em Franca, dobrou os cuidados com o mosquito que também transmite o vírus Zika e a febre Chikungunya. Isadora aprendeu a lição que vai servir não só para ela, mas também para quem está perto.
 
TEC/SONORA: Isadora Cezarino, estudante.
 
“Todos deviam se conscientizar mais em relação além da água parada, do lixo que também acumula muita água também. Então, a gente devia prestar mais atenção com água parada e higiene, sobre o bichinho. Às vezes até aqui em casa eu comecei a reparar na água dos meus bichinhos também. Do meu gatinho, porque estava parada muito tempo. Temos que começar a prestar atenção não só pela gente, sabe. Porque eu penso assim, se der um mosquitinho aqui em casa, talvez não me pique. Mas pode picar o meu irmão, pode picar o meu vizinho a gente tem que pensar no coletivo, não só na gente. Porque só depois que você pega que você vê o quanto que as pessoas estão sofrendo com isso.”
 
LOC: É, não é fácil pensar que um mosquito tão pequeno pode fazer tão mal para as pessoas. Você se lembra que no início do ano o Brasil sofreu não só com a Dengue, mas também com o vírus Zika e a Chikungunya. Em São Paulo, mais de cento e setenta mil pessoas tiveram alguma das doenças transmitidas por esse mosquito. Os sintomas das doenças são bem parecidos, mas possuem algumas diferenças. O vírus Zika e a Dengue chegam a ser confundidas e muitas vezes só é possível fazer a diferenciação por meio do exame de sangue. O vice-diretor de Serviços Clínicos do Instituto Nacional de Infectologia da Fiocruz, José Cerbino explica a diferença entre as duas doenças.
 
SONORA: José Cerbino, vice-diretor de Serviços Clínicos do Instituto Nacional de Infectologia da Fiocruz
 
“O vírus Zika é um flavivirus também, então é um vírus da mesma família do vírus da dengue. São vírus muito parecidos. E por ser um vírus da mesma família, muito próximo da Dengue, os sintomas são semelhantes. Se a gente pudesse descrever o quadro mais típico de Zika, ele teria a febre mais baixa, ou às vezes até a ausência de febre – seria uma das diferenças em relação à Dengue. Ele costuma ter mais manchas pelo corpo, elas são mais frequentes, coçam, a queixa coceira é mais intensa .Pode apresentar também conjuntivite, pode apresentar inchaço nas mãos. Edemas nas articulações, dor nas juntas, dor nas articulações.”
 
LOC: Difícil sentir tudo isso, né? Precisamos realmente tomar todos os cuidados necessários para evitarmos essas situações. Mas além do vírus Zika e da Dengue, tem a Chikungunya que é de uma família diferente das outras duas. A principal característica da Chikungunya é a dor nas articulações. José Cerbino esclarece sobre a forma crônica da doença.
 
SONORA: José Cerbino, vice-diretor de Serviços Clínicos do Instituto Nacional de Infectologia da Fiocruz.
 
“A maioria das pessoas mantém os sintomas por dez a 14 dias. São as formas que se resolvem durante a fase aguda. Alguns pacientes podem evoluir para formas crônicas e aí essa dor pode se estender durante muitos meses. A gente tem pacientes com sintomas por até um ano após a infecção. Então há o risco de desenvolver a forma crônica da doença e manter essa dor durante muito tempo.”
 
LOC: Não podemos passar por isso apenas por não cuidar corretamente do nosso ambiente. Vamos separar dez minutos do dia ou da semana para vistoriar possíveis focos do mosquito. Vamos acabar de vez com a proliferação dele. Saiba mais sobre como combater o transmissor, na internet, no endereço saude.gov.br/combateaedes. 

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